Jogos com inicio até as nove da noite. Pensando um pouco no torcedor.

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O projeto do vereador Tião Farias (PSDB) que foi aprovado pela câmara paulista foi questionado principalmente por aqueles que têm interesse pessoal. Os principais envolvidos neste assunto são a TV Globo, Federação Paulista de Futebol, os clubes de futebol e os torcedores.

Para a Globo é interessante ter o futebol em sua grade, pois é uma audiência garantida. Com os jogos passando após as 21:30 (22:00, 22:30) a tendência é que o torcedor se afaste e prefira ficar no conforto da sua casa, assistindo ao jogo do que sofrer para voltar para casa.

A Federação está presa por contrato e os clubes, por sua má administração, dependem cada vez mais do dinheiro das cotas de TV para conseguir pagar algumas de suas dividas.

O principal prejudicado nesta situação é o torcedor. Em SP, o transporte público apresenta deficiências e o horário atual dos jogos atrapalha demais o retorno para casa. Poucas linhas de ônibus rodam até tarde e o metrô funciona até 00:30, 00:40; Um jogo que começa as 22:00 termina perto de 00:00. Um torcedor que dependa de condução fica com horário muito apertado, arriscando não conseguir chegar em casa. Aqueles que possuem carro não tem estacionamentos confiáveis para deixar seu veículo e arriscam voltar e encontrar o carro depredado ou não encontrar o mesmo.

Já com a mudança proposta neste projeto, o jogo terminará perto das 23:00 e o trajeto para casa não seria tão complicado. Desta forma, seria mais fácil atrair torcedores de volta aos estádios e conseguir aumentar a renda dos clubes nesse quesito, principalmente agora que se pensa em planos de sócio-torcedor.

Os clubes perderam uma chance de ouro, principalmente pelo fato de que a Record possui horários flexíveis e poderia mudar sua escala para inserir o futebol as nove da noite, com a vantagem de que o contrato oferecido foi muito melhor financeiramente. Ou seja, os clubes iriam ganhar duas vezes.

Fica difícil entender porque estas coisas acontecem no nosso futebol. São fatos assim que mostram que temos um futebol de primeira, mas com dirigentes de terceira.

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