Geração playstation e o futebol brasileiro

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Antes da Copa começar, se você estivesse almoçando e sentassem na mesa ao lado Luiz Gustavo, Maxwell e Fernandinho, você reconheceria os três? Confesso que mesmo me considerando um fanático pelo futebol eu não teria reconhecido nenhum deles.

Mas não me surpreenderia se adolescentes de 8 a 16 anos soubessem destes jogadores e até falassem com propriedades de outros menos conhecidos antes da Copa, mas que jogam em grandes ligas da Europa.

Muitos destes jovens são fissurados em jogos como Fifa e PES (eu mesmo sou fã do Fifa). Mas enquanto eu gosto de jogar com times brasileiros, vejo meus primos e sobrinhos jogando com Barça, Real Madrid, Bayern e afins.

Por isto ao ver um jogo do campeonato Espanhol, Inglês, Alemão ou jogos da Uefa ou Liga dos Campeões muitas vezes os nomes para eles são familiares. Sabem onde joga, como joga, qualidades e defeitos.

Ah, eles estão errados, deveriam valorizar primeiro o futebol brasileiro. Será?

Vamos à Copa. É notório que o nível técnico deste ano foi excepcional. E aí eu pergunto. Quantos destes jogadores estão em gramados brasileiros?

Adicionamos uma variável nesta equação. Quantos técnicos inovadores tempos? Hoje o esquema da moda é o 4-2-3-1 que muitos clubes no Brasil usam. Vocês viram este esquema na Copa do Mundo? Não, o que vimos foram vários esquemas, times mudando de acordo com o adversário e com mudanças ao longo da partida, muitas vezes apenas com jogadores trocando de posição.

A Copa e o desempenho da seleção brasileira na competição apenas evidenciaram a diferença técnica e tática que temos do Brasil para a Europa, quase como se praticássemos outro esporte.

A minha esperança é que pelo menos os jovens técnicos tenham aprendido algo com a Copa e que no Brasileirão possamos ver mudanças táticas significativas. É um primeiro passo em busca do resgate do futebol. Usando o exemplo de Pep Guardiola, que mudou a forma de jogar tanto do Barcelona como do Bayern. Não por acaso , clubes que foram base dos últimos campeões mundiais.

Primeiro de muitos que precisam acontecer para que num futuro possamos ter um futebol qualificado, que possa nos colocar num patamar de excelência pelo menos na América do Sul. Difícil sim, mas não impossível.

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