Paulistas não convencem suas torcidas neste começo de temporada

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A temporada ainda está no começo, temos jogadores que ainda nem estrearam por seus clubes, outros lesionados e treinadores ainda procurando pela melhor escalação e formação tática e mesmo assim, temos torcedores insatisfeitos com seus times e treinadores já sofrendo com reclamações e tendo que escutar o barulho de cornetas sobre a qualidade do seu trabalho. Agora será que estas críticas são válidas?

O Corinthians começou aos trancos e barrancos e foi considerada quarta força paulista. Fábio Carrile começou com desconfiança em seu trabalho, mas com certo respaldo da torcida, demonstrando paciência em ver o que o treinador seria capaz de realizar. As “goleadas” por 1 x 0 voltaram a ser presentes. A vitória frente o Palmeiras , com um jogador a menos (com expulsão injusta de Gabriel) no fim do jogo deu moral ao treinador, mas a vitória sofrida nas penalidades frente o Brusque pela Copa do Brasil já deixam o sinal de alerta ligado, principalmente pelo ataque estar tendo problemas com a precisão ao finalizar a gol.

O Palmeiras começou a temporada como o time a ser batido. Para ajudar, conseguiu passar ileso da janela de transferências e ainda contou com contratações de peso (Felipe Melo, Guerra e Borja). Mas o preço disso é a pressão da torcida e da mídia para que o time continue sendo um dos melhores do Brasil e passar um temporada sem um título será considerado fracasso. Não foi a toa que Eduardo Baptista já ouviu cantos das organizadas sobre Cuca, sofreu com pressão na derrota do dérbi e que chega pressionado para a estréia na Libertadores, ainda em fase de ajustes do time, sem ter os “11” ideais em mente.

No Santos, outro time que está na Libertadores, a pressão é pela falta de títulos nacionais e o barulho da torcida que pega no pé de alguns jogadores, sendo o maior exemplo com Lucas Lima, que mais uma vez recusou propostas de transferência e não consegue render o mesmo que anos atrás (parecendo estar frustrado por não ter sido sondado por clubes grandes europeus). No que é praxe nos estaduais, a situação só ficou pior depois da derrota na Vila para o São Paulo de Rogério Ceni. O peso da derrota em um clássico inclusive fez com que já se cogitasse a demissão de Dorival Junior, um dos técnicos que mais se identificou com o alvinegro praiano. É outro técnico que sabe que precisará de campanha convincente na Libertadores ou terá que buscar emprego em breve.

Por fim, o São Paulo teve um choque de comando ao efetivar Rogério Ceni. Propostas claras de alguém que busca um futebol ofensivo, que quer qualidade de jogo. Procurando ajustar o time com o que tem em mãos. Em que pese a favor os bons resultados em campo, a pressão para o ex-goleiro em uma das coincidências do futebol é sobre o fato do time estar levando muitos gols. O ataque funcionando , mas a defesa custando pontos que geram dúvidas na torcida.

Qual está em melhor / pior situação? difícil falar.

Eduardo e Dorival tem o peso da Libertadores, que ao passo que pode aliviar a pressão por um futebol vistoso, pode em contrapartida ser capaz de deixar a torcida apreensiva e cobrar o time de forma mais incisiva. Prova disso é que foram os dois treinadores paulistas que neste começo de temporada tiveram que conviver com ruídos de demissão (principalmente o técnico palmeirense).

Já Carrile e Ceni tem a seu lado o fato de serem apostas (quase no mesmo grau que Baptista, em seu primeiro trabalho em clube grande) e neste momento não ter o peso de uma Libertadores pode ser benéfico. Mas ontem os dois tiveram momentos de apreensão (principalmente o corinthiano) com chances de saírem da Copa do Brasil logo na segunda fase. Uma eliminação frente um clube de menor expressão e foco apenas no Paulistão seria péssimo para ambos.

Março tem tudo para ser um mês de definições para os 4 citados. Um bom inicio na Libertadores e avanço de fase na Copa do Brasil pode garantir um pouco mais de calma. Já o oposto pode ser o suficiente para demissões.

Vamos ver o que vai acontecer nos próximos jogos.

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