Barça , Neymar e o futuro

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O assunto desta janela de transferências de maior destaque foi e deve se manter na saída de Neymar do Barcelona (a não ser que tenhamos uma reviravolta e vejamos Messi ou Cristiano Ronaldo saindo de seus respectivos clubes. A ida para para o PSG já foi conturbada por tudo que aconteceu nos bastidores e a forma como ela foi conduzida, principalmente pelo staff do jogador brasileiro. Não é a toa que ele que hoje ele é persona non grata na Catalunha.

Sou da opinião que o jogador optou pela transferência em busca de maior protagonismo, de ser o “dono” do time, por mais que ele diga o contrário. De estar em um clube onde ele seja “o cara” e com isso tenha chances de ser eleito o melhor do mundo. Acho difícil que a escolha não tenha sido por este motivo. Financeiro? Por mais que ele vá ganhar luvas pelo contrato novo, ele já tinha ganho aumento anteriormente no Barcelona e o clube sinalizou durante a negociação que cobriria o salário oferecido pelo time francês. Fora isso, estamos falando de deixar um time onde ele já era respeitado pelos seus colegas, querido pela torcida e um dos favoritos em todos os títulos que disputa. O Paris Saint Germain aposta nele para conseguir dar um passo e se tornar uma potência mundial.

Em termos de desafio, é algo concreto. E no caminho para ser o melhor do mundo “basta” uma Champions pelo novo time (se tiver uma Copa do Mundo pelo Brasil então, favas contadas). O que pode ser um ponto negativo é o fato da responsabilidade que o jogador terá a partir de agora. Por mais que ele conte com jogadores qualificados ao seu lado (e o PSG dá mostras que ainda pode contratar novos reforços), será esperado que Neymar resolva os jogos “praticamente” sozinho. E na pressão já vimos que o jogador sofre e costuma a tomar decisões erradas. Pode ser um diferencial que mostre que ele amadureceu ou reafirmar a posição de um jogador que não marcará seu nome na história de um clube como tantos outros no passado.

Já do lado do Barcelona temos a necessidade de se reinventar. Desde a chegada de Suárez, notamos uma mudança na forma de jogar. O time que se destacava com Messi, Xavi e Iniesta, com toque de bola e posse da mesma deu lugar para um time mais incisivo e até certo ponto “impaciente”, apostando demais na qualidade técnica do trio MSN. Com a saída do brasileiro e com dinheiro em caixa , Ernesto Valverde terá um grande desafio para sua carreira. Apostar na ideia do tridente e encontrar uma nova nomenclatura para o trio? Nomes sugeridos (Coutinho, Dybala e Dembélé) não me parecem ser nomes que possam manter este padrão de técnica / individualidade atual.

Mas em compensação vejo no brasileiro uma chance real do time voltar a ter um esquema forte apostando na posse de bola e qualidade nos passes. A compra de Paulinho (muito questionada por sinal) pode ser um passo nesta linha, abortando o trio de ataque e voltando a apostar em um meio de campo que possua força física para compactação de espaços com a qualidade do passe para melhorar o poderio ofensivo do time e ter Messi e Suárez como recursos ofensivos de qualidade e não como “soluções para todos os problemas”.

A declaração de Piqué, assumindo a melhor fase do Real Madrid é emblemática. Um jogador que leva extremamente a sério a rivalidade entre os clubes mostra que o time precisa de ajustes que vão passar por novos nomes e mudança na forma de jogar. O problema é saber como isso vai acontecer (apesar do valor em caixa, o time encontra dificuldades de negociação) e também se a torcida terá paciência para esperar por resultados.

Neymar e Barça. O que o futuro reserva para ambos?

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