Carille e sua primeira grande crise

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“Você não vai disputar o Campeonato Brasileiro. Ficará de férias até 2018 e terá uma vaga garantida na fase de grupos da Libertadores do ano que vem”. Se esta proposta fosse feita para qualquer corinthiano logo após o campeonato Paulista, aposto que qualquer aceitaria sem pensar duas vezes.

A campanha muito acima do esperado mudou a expectativa do clube, que se viu próximo de um título, com expectativas até de um inédito campeonato invicto. Todos sabiam como o time jogava, mas não encontravam forma de superar o time do Corinthians. Eis que o segundo turno trouxesse uma sequencia de resultados negativos que só não geraram problemas antes pelo fato dos rivais também não conseguirem aproveitar os tropeços alvinegros. Tanto é verdade que técnicos jogaram a toalha rodadas atrás, como Levir e o ex-palmeirense Cuca.

Mas o Palmeiras (com o técnico Alberto) foi responsável por emplacar uma sequencia positiva de 3 vitórias em seguida fez com que a diferença após a última rodada ficasse em apenas 6 pontos (algo que não ocorria desde Junho). A diferença não é pequena, mas deve ser considerada por conta da má fase de vários jogadores do Corinthians e principalmente pela pressão que hoje existe em cima do elenco e do técnico, que passa pela sua primeira crise de peso desde que assumiu o time. E boa parte dessa queda se explica pela má fase do meio de campo alvinegro.

A defesa apresenta falhas que não ocorriam antes, principalmente em bolas paradas e aéreas. A zaga sente a ausência de Pablo (por mais que Pedro Henrique não esteja comprometendo) e sofre por estar sobrecarregada por conta da má fase dos laterais e do meio de campo corinthiano, que não consegue nem marcar e fechar os espaços como antes e nem criar lances de perigo para Jô, um dos poucos nomes que ainda mantém a qualidade em campo.

Se nas laterais não existem opções no elenco, no meio de campo o técnico precisa pensar em alternativas, por mais que ele tenha a postura parecida de Tite , que não desistia dos jogadores. Com exceção de Gabriel, todos os nomes do meio (Maycon, Jadson, Rodriguinho e Romero) já fazem por merecer um lugar no banco de reservas. E o técnico poderia até pensar em mudança no esquema atual, para trazer algum fator novo.

Não mudar pode fazer com que o técnico passe por uma pressão nessa reta final que pode custar até seu emprego, já que seria a perda de um dos títulos mais “ganhos” da história. Os dois próximos jogos podem decidir isso, principalmente na “final” da semana que vem. Se a diferença após o jogo ficar em 6 pontos ou mais, o Corinthians pode conseguir recuperar-se na reta final e frear o ímpeto de seu principal rival.

Em compensação, caso a diferença diminua nas duas próximas rodadas, o time pode ver até a vaga na Libertadores ficar ameaçada, com outros rivais imaginando que seja possível superar o antes imbatível time paulista.

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