Corinthians vence 3º dérbi na temporada com méritos

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Alberto optando pelas voltas de Mina na zaga e Bruno Henrique no meio enquanto Carille manteve o que foi treinado ao longo da semana com Camacho e Clayson no time titular. Dois times com esquemas parecidos (centroavante centralizado com dois velocistas pelas pontas). Um dérbi com os dois rivais pressionados pela necessidade do resultado.

Mais de 46 mil pessoas foram o combustível para uma postura diferente do mandante. Sem um meia clássico de criação (Rodriguinho possui muito mais características de driblador e condutor da bola) a aposta foi em uma marcação por pressão desde o início da partida. Antes da metade do primeiro tempo a vantagem do Corinthians já era de dois gols, marcados pelos paraguaios Romero e Balbuena. A pressão que poderia ocorrer com o gol de Mina logo deu lugar a empolgação com a penalidade e gol marcado por Jô.

O foco é no G4? Óbvio que isso era papo e Alberto foi mexendo no time ao longo da segunda etapa, colocando o time para cima (os volantes Bruno Henrique e Tchê Tchê saíram, para entradas de Guerra e Deyverson). O lindo gol de Moisés deixou um jogo que parecia decidido em aberto, com um Corinthians com seus atacantes de lado cansados para aproveitar os espaços que apareciam e um Palmeiras rondando a meta de Cássio, principalmente nas bolas paradas. Sufoco e tensão até o fim do jogo, mas o placar terminou em 3 x 2, resultado que deixou a diferença na tabela em 8 pontos, freando a reação alviverde e dando tranquilidade ao líder, principalmente por ter ganho um clássico jogando bem.

A primeira etapa teve como destaques as atuações de Romero e Clayson , que levaram vantagem em vários lances contra a defesa palmeirense e uma das melhores atuações de Jô, que ganhou praticamente todas as jogadas em cima de Dracena e Mina ao longo da partida e sentiu falta de alguém para “dialogar” no segundo tempo. Clayson cansou e Romero voltou a ser util na marcação. Já a segunda etapa mostrou um Palmeiras mais perigoso, com destaque para Moisés, que além do gol procurava criar lances de perigo para seus companheiros.

Arana novamente teve uma partida ruim, sem apoiar o ataque e dando espaços na defesa, longe do jogador que era o melhor lateral esquerdo do campeonato, enquanto que Keno pareceu ter sentido o peso do clássico sendo facilmente anulado pela defesa rival.

O jogo em si agradou tecnicamente, com lances mais duros apenas no fim do jogo. É verdade que houve polêmica (O primeiro gol estava impedido e se já tivéssemos o recurso de vídeo o mesmo seria anulado devidamente), mas a vitória foi merecida para um time que conseguiu mudar sua forma de jogar e controlou nos parte do jogo. Cássio praticamente não trabalhou, ao passo que Prass teve que salvar a meta alviverde no segundo tempo em pelo menos dois lances.

Um bom clássico, que acalma o lado psicológico do Corinthians nessa reta final e pode prejudicar a efetivação de Alberto como técnico do Palmeiras em 2018.

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