Argentinos jogando mais que os brasileiros. Passou da hora de assumir (e mudar isso)

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Durante muitos era um consenso que para ganhar uma competição sul-americana, nós (brasileiros) teríamos que superar os rivais na bola e na raça. Principalmente para superar a catimba e “manha” dos adversários. Isso era uma realidade na última década. Tecnicamente nossos jogadores eram nitidamente melhores, se destacavam na América Latina. Estrangeiros latinos jogando por aqui? Nada de veteranos ou apostas de qualidade discutível . Não tínhamos condições de trazer os craques consagrados, mas várias vezes atraíamos promessas ou jogadores com perfil / qualidade para atuar em grandes times europeus.

Aos poucos este cenário foi mudando. Com exceção de jovens promessas , vemos nossos jogadores perdendo espaço para jogadores de países vizinhos, como Argentina, Uruguai e Chile. Deixamos de ser um centro formador. Deixamos de nos destacar. Hoje os times enxergam qualidade em jogadores mais novos do Brasil e sabem que estão contratando jogadores que precisam ser lapidados. Casemiro é um dos maiores exemplos disso. Saiu pela porta dos fundos no São Paulo e hoje é um dos melhores jogadores do Real Madrid. Só que acompanham o jogador durante muito tempo e fazem apostas mais restritas. Deixamos de ter a quantidade absurda de jogadores atuando nos grandes centros europeus.

E nesta temporada tivemos alguns bons exemplos que mostram que precisamos reconhecer a inferioridade momentânea e trabalhar em cima disso. O último exemplo que vimos foi na final da Copa Sul Americana. O Flamengo se preparou para guerra no primeiro jogo e foi surpreendido ao encarar um Independiente que se focou em jogar bola e com qualidade. Um time bem treinado e com qualidade na troca de passes, que não se preocupou ou se desesperou, mesmo saindo atrás no placar.

A virada veio sem sustos e de forma merecida. E o placar de 2 x 1 ficou barato para o time brasileiro, que poderia ter sofrido uma derrota por um placar ainda mais elástico, que complicaria muito o jogo de volta. Claro que o time carioca pode reverter o placar no jogo de volta e sair com o título da competição. Mas o fato é que tecnicamente e taticamente estamos em patamar abaixo dos hermanos. O Grêmio foi a rara exceção nesta temporada, mas temos que lembrar que o título da Libertadores veio com sustos, principalmente nos jogos em casa contra o Barcelona do Equador e o argentino Lanús.

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