Paulistão – Qual será o primeiro treinador a ter seu trabalho questionado?

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Hoje começa o “emocionante” campeonato Paulista. cada vez mais esvaziado, mas pelo menos dessa vez pelo menos a federação fez uma pequena mudança no regulamento, com a possibilidade de inscrição de jogadores da base numa lista adicional.

Tirando isso, teremos o mesmo campeonato arrastado de todos os anos, com emoção apenas nos clássicos e na fase decisiva. A conquista do título pode até mudar o fim da temporada, vide o que aconteceu com o Corinthians na temporada passada. Pergunte a um torcedor dos outros grandes paulistas se ele não gostaria de ter ganho pelo menos o título estadual. Para os corinthianos, foram dois títulos na temporada passada, motivo de celebração.

O grande problema da competição é ela ter um peso maior do que deveria. Ilude com uma campanha que pode dar a impressão do time ser melhor do que realmente é. Do outro lado, prejudica um inicio de trabalho, algo que neste ano pode impactar qualquer um dos treinadores dos times grandes, que podem ter seu trabalho terminado de forma precoce.

Esse “medo” vale para os quatro treinadores. Uma sequencia de resultados negativos, principalmente quando começarem as demais competições (Copa do Brasil e Libertadores) pode ser mais que motivador para demissão precipitada.

Dois treinadores mantendo o trabalho do ano passado que teoricamente teriam segurança e dois novos treinadores que iniciam a temporada e teoricamente deveriam ter tempo para implementar seus esquemas de jogo. Infelizmente no Brasil o resultado no campo são os responsáveis pela manutenção ou não de técnicos, com raras exceções.

Carille sabe que para este ano a pressão será maior, mesmo com um time enfraquecido, se comparado ao time da temporada passada. A torcida vai cobrar que o time lute por títulos neste ano. Para ajudar ainda existe a indefinição do patrocinador principal e a indefinição sobre a situação política, em relação a quem irá assumir a presidência, que impacta em reforços.

Dorival sofre problema parecido. Depois de ter livrado o time do rebaixamento, dificilmente terá respaldo da torcida e diretoria, mesmo com o time perdendo jogadores vitais da temporada passada (Lucas Pratto e Hernanes). O medo no tricolor é ter um começo de temporada ruim e sofrer novamente com o rebaixamento no Brasileiro. Diego Souza não parece ser o nome ideal para ser a referência técnica deste time.

Roger é um dos mais pressionados neste começo de temporada. A falta de resultados consistentes nos times anteriores vem acompanhado do peso de assumir um time com poder de compra e com um elenco no papel favorito a todos os títulos deste ano. Repete o que aconteceu com Eduardo Baptista no ano passado e se o treinador não conseguir que o time dê liga e domar a provável guerra de egos de quem não estiver no time titular, deve ter vida curta.

Já Jair Ventura chega ao Santos cercado de indecisão. A ótima campanha do Botafogo na Libertadores foi impactada pela queda de desempenho no Brasileirão, que culminou com a não classificação para a competição sul-americana em 2018. A situação se agrava com a situação ruim das finanças do time da Vila Belmiro, que perdeu Lucas Lima, Zeca e Ricardo Oliveira e começa a competição sem reposições de qualidade, isso para um time que terá o foco na Libertadores.

Meu palpite é que um dos 4 treinadores termina o Paulistão pressionado. Arrisco dizer até que um deles será demitido ainda no estadual.

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