Afirmação ou divisor de águas?

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Amanhã teremos mais um dérbi na Arena Corinthians, com o mandante recebendo o Palmeiras em um clássico que deve repetir o cenário das partidas entre os dois clubes no histórico recente (marcação forte dos dois lados, foco na defesa pelo lado alvinegro e busca por um jogo mais técnico do lado alviverde).

Roger parece ter achado uma boa forma para aproveitar a qualidade do seu time. Me agrada o jeito como o Palmeiras força o erro adversário com marcação adiantada e a rapidez na armação de jogadas, graças as características do elenco. Mas a defesa por hora ainda não apresenta uma solidez.

O mesmo não ocorre com Carille. O treinador ainda não conseguiu ajustar o time após as saídas do fim da temporada passada. A defesa sofre com bolas aéreas e o ataque oscila, tanto na criação como na falta de um “homem-gol”. A única boa partida da temporada foi o clássico contra o São Paulo.

Ambos chegam com uma sequencia sem vitórias, sendo que o Corinthians ainda tem como agravante derrotas contra times pequenos. Prestes a estrearem pela Libertadores, este jogo ganha um peso ainda maior que o usual. A vitória palmeirense fora de casa faria com que Roger caísse de vez nas graças da torcida, dando tranquilidade na sequencia de trabalho. O revés pode iniciar o barulho de cornetas e até gerar reclamações por parte dos jogadores que hoje são reservas, mas têm potencial para estarem entre os titulares.

Para o Corinthians o clássico é ainda mais importante. Com a recente mudança na diretoria por conta das eleições, a falta de recursos financeiros e até mesmo a perda da solidez defensiva (algo elogiado desde 2008) faz com que Carille saiba que pode ficar com o cargo à perigo, mesmo depois de um 2017 acima da curva. Perder em casa pode queimar alguns dos jogadores titulares e a nuvem da crise pode pairar no Parque São Jorge. A vitória por outro lado marcaria um segundo resultado positivo em um jogo “grande” e partir daí embalar para o restante do primeiro semestre. Não por acaso, Fábio resolveu mexer na escalação, improvisando Maycon na esquerda, voltando a jogar com dois volantes para proteger a defesa e abortando a ideia do centroavante (Renê Junior permanece, Gabriel volta ao time no lugar de Camacho e Jadson entra no lugar de Júnior Dutra).

Nome por nome, vejo um equilíbrio. Na comparação eu ficaria com Jailson, Fagner, Balbuena, Henrique e Michel Bastos; Gabriel, Felipe Melo e Lucas Lima; Clayson, Dudu e Borja.

Para não ficar em cima do muro, aposto em empate no jogo de amanhã. 1 x 1.

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