Nó tático de Carille

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Carille deu mais passo para se firmar dentre um dos técnicos de renome dessa geração atual com a escalação do último clássico. Teve um treino secreto, mas mantendo sua postura que foi efetivado, não escondeu o time. Na sexta já sabíamos que Maycon seria improvisado, Renê Jr mantido no time titular e Jadson voltaria no lugar de Dutra. Uma formação que mostrava um time sem uma referência na área (por mais que alguns jornalistas e até Roger pensassem que Romero seria o “falso 9”). A formação tinha dois atacantes abertos e um meio técnico, com espaço para infiltrações de Jadson e principalmente Rodriguinho.
O Corinthians teve o controle do jogo, principalmente no meio campo. Ao contrário do ano passado, vimos em campo o alvinegro querendo ter a posse de bola, graças a melhor qualidade de passe no meio de campo, ponto que Carille mostrava preocupação. A formação complicou a marcação do Palmeiras. A zaga perdida e a dificuldade para preencher o meio. Na parte ofensiva, Dudu , William e Lucas Lima não conseguiam arrumar espaços para criar lances de perigo. Cássio só teve trabalho em duas bolas em velocidade para Borja, onde o goleiro levou a melhor.

O gol marcado pelo Corinthians chama atenção pela paciência para não se precipitar. 28 passes trocados e mais de um minuto e meio de posse, com Rodriguinho deixando Borja e Antonio Carlos no chão e finalizando sem chances para Jailson. O começo da segunda etapa deu impressão que o Palmeiras teria a posse e iria pressionar o mandante, mas foi questão de tempo até que o alvinegro voltasse a controlar o jogo. E desse controle nasceu a polêmica que quase sempre acontece em um clássico. Sobra de bola e Renê Jr divide com Jailson, de forma precipitada e violenta. O lance continua, Henrique quase marca, mas quando o tiro de meta ia ser batido, o juiz volta o lance, marca pênalti e expulsa o goleiro palmeirense.

Não existe dúvida sobre o lance, mas a reclamação válida pelo lado alviverde diz respeito ao tempo para a decisão do árbitro, sinalizando que houve interferência externa. Jadson perdeu a cobrança, mas não vimos o Palmeiras aproveitar um possível baque do Corinthians. O que vimos foi a manutenção do controle da bola, graças as ótimas atuações de Rodriguinho , que em outra linda jogada individual conseguiu outro pênalti e Clayson, que converteu a penalidade e foi responsável por boa parte dos lances de perigo, levando a melhor em cima de Marcos Rocha.

O placar de 2 x 0 foi merecido, com o Corinthians mantendo a sequencia de vitórias frente o seu rival (4° seguida) e com uma partida convincente nos aspetos técnico e tático, dando folga a Carille (perder o jogo deixaria o técnico na corda bamba). Pelo Palmeiras a derrota tira a invencibilidade e acende o alerta. A defesa alviverde encontrou problemas nesta partida e infelizmente Tchê Tchê não repete suas boas atuações e já faz por merecer o banco de reservas. Roger terá que trabalhar para mostrar que a derrota não irá prejudicar o elenco.

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