Brasil x Argentina – Libertadores com semifinais pesadas

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Torneios no formato da Libertadores costumam ter zebras que surpreendem ao longo da competição. Times que surpreendem, mostram qualidades e avançam com méritos. Mas não tem varal que resista ao peso das camisas dos semifinalistas deste ano. De um lado River x Grêmio, do outro Boca x Palmeiras. Times com história, que não chegaram entre os quatro melhores da América do Sul por acaso. Times copeiros, que já mostraram saber jogar competições de mata-mata.

Esqueça arbitragem e lambanças da Conmebol (por mais que seja difícil). Com o foco nas quatro linhas, não temos favorito ou zebra para os finalistas. Pelo lado argentino, gostei do que o River mostrou na competição até agora e a forma como o time superou o Independiente nas quartas faz com seja possível ver um time técnico, com muita qualidade ofensiva e uma defesa sólida. O Boca por sua vez aproveitou muito bem a parada da Copa. Esqueça o time da fase de grupos. Os reforços que chegaram mudaram o time. A arbitragem deu uma força para o time no duelo contra o Cruzeiro, mas na bola o time fez por merecer a classificação. Venceu de forma merecida na Argentina e por pouco não venceu no Brasil. Resta saber se o clube vai conseguir contratar um goleiro para as semis (com Rossi no gol, as chances caem drasticamente).

Do lado brasileiro, temos um Grêmio forte em busca do bicampeonato. Renato Gaúcho mostra que é um dos melhores técnicos brasileiros desde o ano passado e comanda um time que conta um goleiro que dispensa comentários e um miolo de zaga de respeito. A saída de Arthur não abalou o time e no ataque Everton vem fazendo a diferença. O ponto de atenção fica por conta do que o time fez nos duelos de volta. Depois de bons resultados fora de casa, o time gaúcho passou por sufocos desnecessários nos jogos de volta em casa. Contra o River isso pode ser fatal.

E o Palmeiras conta com Felipão. Um técnico com história na Libertadores e que esta fazendo quem era contra sua volta (e me incluo nesta conta) ter que dar o braço a torcer. E que mudou o time. É nítido que a confiança nas mãos de Scolari é outra. Recuperou jogadores que estavam em baixa com Roger e está sabendo mesclar o time nas duas competições em disputa, algo que minimiza a guerra de egos em um elenco e fortalece a energia do grupo, algo essencial para lutar por um título dessa grandeza. Só não pode usar como parâmetro os jogos que fez contra o Boca Juniors na fase de grupos.

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