28/04/06 – O espírito do futebol não é tanto uma regra, mas sim uma atitude… uma forma de jogar.
Baseia-se num espírito desportivo no qual são os próprios jogadores que são responsáveis pelo jogo limpo. Encoraja-se um jogo de alta competição mas nunca indo contra o respeito mútuo entre os jogadores. O espírito é um dos princípios fundamentais do futebol. Sem este, o jogo perde o seu encanto. Tem de existir o espírito!
O futebol é um esporte dinâmico e vistoso, deve ser praticado por jogadores que respeitam suas regras, sobre tudo a autoridade do árbitro e de seus assistentes.
O jogo limpo (fair play) é a essência deste esporte, sem este, o futebol não é possível, porque, se o jogo não estiver pautado em um código de ética, vira o caos. E a sociedade futebolistica vira uma sociedade primitiva. Então, o futebol só vai sobreviver juntamente com o espírito esportivo, não como algo ingênuo, mas com respeito que se estabelece nas relações entre jogadores (adversários ou não), árbitro e árbitros assistentes (bandeirinhas).
Para o pesquisador Antônio Roberto Santos, o fair play sofre uma forte influência da mídia. Comportamentos antidesportivos de jogadores famosos são imitados por outros atletas, na maioria jovens e adolescentes, que “se inspiram” em seus ídolos. Segundo ele a responsabilidade pelo espírito esportivo envolve não apenas atletas, árbitros ou dirigentes, mas também as torcidas e os meios de comunicação. “A mídia tem construído uma rivalidade agressiva. Notícias de jornal do tipo: ‘Domingo é a guerra entre Palmeiras e Corinthians’ estimulam o clima de guerra para o jogo. O que eles não conseguem perceber é que quando o ato de torcer transcende a racionalidade, na verdade se perde o espírito esportivo”, conclui.
Os jogadores de futebol profissional não respeitam o árbitro e desconhecem as regras do esporte. Quando questionados sobre que atitudes tomariam diante de situações simuladas de conflitos em relação ao árbitro, às regras e à igualdade de oportunidades. Fica constatado que o espírito esportivo precisa ser mais trabalhado entre eles.
Infelizmente para o futebol, os dirigentes e treinadores deixam claro que o mais importante não é o jogo em si e nem mesmo o seu espírito, e sim o resultado. A mente do jogador é trabalhada para vencer a qualquer custo e isso se conflita com o espírito do jogo, passando uma menssagem negativa que o árbitro é o principal responsável pelo péssimo resultado da sua equipe.
Por Valter Ferreira Mariano
[photopress:fair_play.jpg,full,centered][photopress:fair_play.jpg,full,centered][photopress:fair_play.jpg,full,centered]