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Massacre do Bayern escancara o quanto o futebol brasileiro está atrasado

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Goleada histórica de 8 a 2 na Champions contra o Barcelona foi uma aula de futebol e mostra que não aprendemos nada com o 7 a 1

Alguém por favor me fala qual esporte praticamos no Brasil? Sério, é difícil acreditar que praticamos o mesmo esporte que é praticado na Europa quando assistimos jogos como do PSG contra a Atalanta, City contra Real Madrid e a aula de futebol do Bayern de Munique da última sexta-feira (14) contra o Barcelona.

O caso do clube alemão merece muito destaque, por ser algo que vamos lembrar por anos. Vimos o Bayern golear um Barça que tinha Messi, um dos melhores jogadores da história do futebol, e não teve influência da arbitragem, lances duvidosos ou algo do gênero.

Tivemos uma aula de futebol alemão, lembrando o que aconteceu na Copa do Mundo em 2014 (7 a 1). E mais de seis anos depois parece que não aprendemos nada.

Imaginem seu time aqui no Brasil, campeão da Libertadores, jogando uma final do Mundial de Clubes contra um PSG, Bayern ou City. Qual seria o resultado? Qual seria a chance do time brasileiro levar a melhor? Quais times poderiam encarar um europeu de igual para igual?

Isso acontece por vários fatores. Confira os principais:

Treinadores que não se atualizam

Qual treinador brasileiro que é cotado para treinar um clube europeu? Nem mesmo clubes médios da Europa cogitam contratar nossos treinadores. Isso não é mero acaso. Os técnicos preferem achar que são os “donos da razão”, que não precisamos aprender com os técnicos estrangeiros. Aí aparece um Jorge Jesus que mostra um futebol que dá gosto de ver, vira referência e menos de um ano após sua chegada no Brasil ele é contratado por um time europeu e deixa o clube sem pensar duas vezes.

Sem técnico, temos que ver o Flamengo contratar um treinador que tem como maior feito no currículo ter sido assistente do Pep Guardiola. O Rubro-negro prefere contratar um técnico inexperiente a apostar no trabalho de um treinador brasileiro.

Ainda achamos que somos os melhores

Outro grave problema. Treinadores e parte da mídia “torcem” os olhos para treinadores de fora do Brasil. Acham que eles não têm nada para ensinar. Pense no seu time do coração. Como ele jogava em 2014 e como ele joga hoje, 6 anos depois? O que mudou do vexame da Copa do Mundo para cá?

Não vemos os times mostrarem novidades, não vemos táticas novas ou algo que possa revolucionar, mesmo com a “matéria-prima” que temos no Brasil.

Foco em resultados, não em trabalho

Arsène Wenger passou quase nove anos no comando do Arsenal sem conquistar um título. Aqui no Brasil um treinador é cobrado se perde dois jogos seguidos. Em qual clube um treinador teria essa confiança para se manter no cargo, mesmo sem nenhuma conquista? Jorge Jesus passou sufoco nos primeiros jogos na sua passagem e depois de duas derrotas muitos já cravam que Domènec, atual treinador do Flamengo, não serve para o cargo.

O que precisa ser feito?

Humildade deveria ser a palavra da vez no futebol brasileiro. Reconhecer que não estamos no mesmo nível do futebol europeu e aceitar que temos muito para aprender. Fazer o máximo para absorver ideias e táticas e aplicar elas no futebol brasileiro. Somos o único país pentacampeão, mas não somos mais referência mundial.

Basta ver quantos jogadores saem do Brasil para serem protagonistas no futebol europeu.

Anos atrás os jogadores brasileiros eram contratados para resolver. Hoje a Europa prefere jogadores novos, com potencial, mas que possam ser moldados ao futebol de alto nível.

Depois de Neymar, qual foi o último brasileiro que chegou com status de craque na Europa?
O futebol brasileiro precisa de inúmeras mudanças. Caso contrário vamos ter que nos acostumar a ser meros coadjuvantes no cenário mundial.

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