Futebol Amador: Benéfico ou Maléfico a Saúde?

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Futebol Amador, qual a sua real caracterização? Ao pé da letra classifica-se por competições não profissionais disputadas por equipes não profissionais, realizadas geralmente aos fins de semana nas praças públicas das inúmeras cidades do nosso país. Mas o que essa afirmação tem haver com os benefícios ou malefícios a saúde dos nossos atletas?

Bom, se analisarmos o futebol profissional veremos que as equipes realizam treinamentos diários, muitas delas em dois períodos, realizam avaliações físicas frequentemente, possuem em sua grande maioria uma comissão técnica composta pelos melhores profissionais da área ( treinador, preparador físico, médico, massagista, fisioterapeuta, fisiologista, nutricionista, etc ), seus atletas mantém uma alimentação regrada e uma vida social bem reservada, buscando estar sempre em condições de buscar os melhores resultados possíveis dentro de uma competição, ou seja, a classificação, o acesso ou na melhor das hipóteses o título.

Além de toda essa preparação e respaldo dos profissionais da área da saúde, as equipes profissionais contam com eventualidades ocorridas com a saúde dos atletas. Nos últimos anos acompanhando os campeonatos do mundo todo, visualizamos algumas mortes por paradas cardíacas em jogos e treinamentos.

De fato, mesmo com toda essa preparação ocorrem fatalidades, mas as federações vêm tomando medidas preventivas. Por exemplo, para todas as competições realizadas pela F.P.F. ( Federação Paulista de Futebol) em todas as suas categorias, as partidas somente se iniciam se houver ao lado do gramado uma ambulância com todos os equipamentos de emergência juntamente com um médico de plantão. Já as equipes aumentaram a freqüência dos exames médicos juntamente com avaliações com cardiologistas.

Mas e o futebol amador, quais são as relações com o futebol profissional relacionadas a saúde dos atletas? Para profissionais de Educação Física e especialistas em Saúde Desportiva o risco no futebol amador é ainda maior. Nem sempre os atletas amadores que disputam suas partidas nos finais de semana se preparam adequadamente durante a semana, ou nem sempre se preparam, podendo esses atletas serem muitos deles sedentários.

Mas qual o risco de cidadãos sedentários disputarem competições amadoras de futebol? Os médicos dizem muitos, e o risco é muito além daqueles que se preparam ( atletas profissionais). No futebol amador ou profissional, as partidas são classificadas por ações de altíssima e baixa intensidade, fazendo com a freqüência cardíaca dos atletas receba oscilações podendo em muitos momentos exceder a freqüência sub-máxima, fator de grande risco para os atletas segundo especialistas.

De posse dessas comparações e colocações qual seriam as soluções futuras e imediatas que as ligas, prefeituras, dirigentes de clubes, atletas do futebol amador devem tomar caso comecem a ocorrer paradas cardíacas em atletas do futebol amador?

Certamente as ações para esse assunto muitos de nós temos, mas também sabemos de todas as dificuldades que os envolvidos no futebol amador tem em organizar as competições em suas cidades.
Nosso objetivo aqui é o de alertar todos aqueles que participam das organizações das competições amadoras no nosso país e que esse assunto seja discutido pelos líderes das federações amadoras e colocar que devemos pensar com cuidado na saúde dos nossos atletas amadores, pois são eles que fazem o sucesso do futebol da “várzea”.

Por: Rodrigo Alves Ramalho – Professor de Educação Física (amigo de Valter Ferreira Mariano).[photopress:ITAMAR.jpg,full,centered]

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