A MORTE SÚBITA DOS ÁRBITROS E SEUS ASSISTENTES

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03/04/2006 – As pessoas ligadas à mídia esportiva dos inúmeros programas na televisão, rádios, jornais e revistas esportivas, têm algo em comum: a possibilidade de ver e rever quantas vezes necessários o lance para dar seu veredito final, crucificando ou absolvendo o juiz ou seu bandeirinha.

E tais opiniões são baseadas em cima de vários ângulos capturados pelas diversas câmeras de televisão espalhadas ao redor do campo de jogo e por vezes, em cima dele, quando colocada em um dirigível que sobre voa o local da partida.

Com todo este aparato tecnólogo, tais pessoas não tem misericórdia, condena à “morte” o simples árbitro ou seus assistentes, que contam com singelos segundos e apenas um ângulo de visão para aplicar um das regras do futebol.

Contudo, temos dois bons exemplos de pessoas com toda essa parafernália eletrônica, que ainda assim dão seu veredito errado.

O primeiro exemplo vem da França, Copa do Mundo, 23/06/1998, Estádio Velódromo, Marselha, Brasil x Noruega. Próximo do final do jogo, o árbitro ESTANDIAR BAHARMAST (EUA), vê um pênalti cometido por Júnior Baiano. Para seu azar todas as câmeras oficiais não flagram a ação que gerou a penalidade. Conseqüentemente o árbitro foi tarjado de “ladrão”, principalmente depois dos comentários feito ao vivo pelo narrador e comentarista de arbitragem da principal emissora de televisão do Brasil.

No dia seguinte, a verdade. Uma imagem feita por uma emissora que por acaso estava gravando imagem da torcida para um documentário à pedido da FIFA, essa imagem revelou que o árbitro, ora tarjado de ladrão estava simplesmente correto, pênalti claro, Júnior Baiano agarrou e puxou o adversário dentro da área.

Tarde demais, a sentença já estava dada, o árbitro estava voltando para seu país. No entanto não houve qualquer tipo de desculpa por parte daqueles que o condenaram, ficou no esquecimento.

O outro exemplo vem da Taça Libertadores, o mais importante torneio de clubes da América. Não lembro do adversário do São Paulo, porém recordo muito bem do lance. Foi numa reposição de bola através de um tiro de meta, executado com um chute forte do goleiro adversário que fez a bola chegar no atacante completamente livre. Entre ele e a linha de fundo só Rogério Ceni. Então vem a voz do narrador em tom de gritos: “O bandeirinha está louco, está impedido, burro, burro…” e em seguida segue o comentarista: “este bandeira está maluco, impedimento claro”.

A partida seguiu normalmente, porém em todas as participações do tal bandeira, voltava o comentário de “burro”. Ao se aproximar do final da primeira etapa, veio o comentário, “naquele lance do impedimento, o bandeira estava correto, pois a bola veio de uma cobrança de tiro de meta, sendo assim, não tem impedimento a regra e clara”.

Mesmo reconhecendo o erro ninguém pediu desculpa por chamar o bandeirinha de “burro”. Mais uma vez a sentença já estava dada.

Com este dois exemplos podemos ver o quanto que arbitragem em nossos tempos está exposta a comentários destrutivos, sem a visão do árbitro, sem a visão do espírito do jogo.

Os erros de arbitragem sempre existiram, hoje com mais freqüência, por causa das inúmeras câmeras e recursos tecnológicos. E mostrar o erro da arbitragem exaustivamente, rende ibope.

É fácil sentar numa cadeira de frente a um monitor de televisão e dar opiniões. Difícil e enxergar com os olhos da arbitragem, com o Espírito do jogo. Isso é imprensa esportiva, falada, escrita e televisionada.

Por Valter Ferreira Mariano

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2 Replies to “A MORTE SÚBITA DOS ÁRBITROS E SEUS ASSISTENTES”

  1. é um absurdo os jornalistas da cronica esportiva ficam julgando os lances do arbitros, e metem o pau nos arbitros falao q sao imcompetentes e tal,mais eles falao isso depois de ver e rever os lances umas 100 vezes e em varios angulos diferentes.
    mais assim fica facil acertar quero ver c fosem eles ali na hora.no calor do jogo nao é facil nao por isso eu fico ao lado dos arbitros….
    um abraço a todos os arbitros do brasil.q é uma profissao q axo muito linda…e muito digna.

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