Análise da performance brasileira na Copa

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Com o fim da Copa do Mundo para a seleção brasileira, temos que analisar o que aconteceu com a seleção de Dunga.

Dunga foi coerente com suas decisões e assumiu o time e blindou o elenco, em vários momentos, inclusive agora, após a eliminação do time. Foi perguntado sobre as falhas individuais de alguns jogadores e optou por não criticar nenhum deles.

Mas o que ficou claro após a eliminação foi com relação às escolhas na formação do elenco brasileiro. Com a ausência de Ramires e a contusão de Elano, o time ficou sem opção para mudar o meio de campo do time no jogo de hoje. Outro meia armador deveria ter sido chamado, até para que a carga de responsabilidade sobre Kaká fosse dividida.

Também preciso citar que a defesa brasileira, tão elogiada, nessa Copa não repetiu as mesmas performances, principalmente pelo desempenho de Michel Bastos (que até melhorou durante a Copa, mas sempre foi o ponto a ser explorado por nossos times adversários) e também pela falta de atuações regulares de nossos volantes (principalmente Felipe Melo, que se mostrou alguém que não consegue manter o equilibro mental, abusando da violência)

Robinho foi o melhor jogador brasileiro na Copa, sendo uma grata surpresa e saindo de cabeça erguida. A era Dunga chega ao final com uma eliminação nas quartas de final, com um time que se caracterizou pela garra, pela união dos jogadores, mas que deixou a desejar na técnica e na qualidade do futebol ofensivo.
Vamos a uma análise dos jogadores que participaram ativamente de Copa.

Júlio César – Não dá para crucificar o jogador pela eliminação. É verdade que também que o jogador falhou no jogo onde foi mais exigido (algo que não aconteceu nos demais jogos). Mas foi um jogador inquestionável, que sempre contou com a confiança do elenco, mesmo sabendo-se que o jogador não estava nas melhores condições físicas – Nota 7

Maicon – Um dos melhores laterais do mundo, teve uma atuação fraca nas quartas, mas vem uma boa Copa do Mundo, convencendo tanto na defesa como no apoio ao ataque e sai valorizado da Copa – Nota 8

Lúcio – Pilar de sustentação da defesa brasileira exagerou um pouco no jogo de eliminação ao querer criar jogadas e ser o homem de criação que faltou no time. Mas teve uma grande Copa e também não merece criticas – Nota 9

Juan – Forma uma grande zaga com Lúcio, jogando sempre firme e regular, não causando surpresas ao nosso time e também volta com moral – Nota 8

Michel Bastos – Não foi a opção preferida pela torcida, chegando com desconfiança para assumir a lateral-esquerda. Em vários jogos seu apoio não foi explorado por falta de confiança dos próprios companheiros e seu setor sempre foi considerado o ponto a Sr explorado pelos adversários. Mas apresentou melhoras ao longo da Copa e não falhou de forma acentuada – Nota 6

Gilberto Silva – Volante de contenção sem qualidade para o apoio no ataque, fez uma Copa regular, mas é um daqueles jogadores que poderia muito bem ter sido preterido para a entrada de outro volante de marcação com mais qualidade técnica no apoio ao ataque – Nota 6

Felipe Melo – Foi uma grata surpresa quando Dunga o colocou no meio de campo, mostrando qualidade tanto na marcação como no apoio ao ataque, mas mostrou ao longo da última temporada problemas para manter os nervos no lugar. A expulsão no jogo contra a Holanda foi algo que já vinha sendo “perseguido” pelo jogador desde o começo da Copa. Um dos que sai mais prejudicado dessa Copa. Pode ser considerado o “Dunga de 90” desta seleção e ser crucificado como o principal culpado pela eliminação – Nota 3

Elano – Jogador apenas regular nos últimos tempos em clubes foi uma das boas surpresas na Copa. O Brasil sentiu demais sua ausência no jogo contra a Holanda, dando um dinamismo ao meio de campo e ajudando a cadenciar o jogo, deixando Kaká livre para jogar no meio de campo. Também sai valorizado desta Copa – Nota 8

Kaká – Esperava-se que o jogador fosse o grande destaque desse time e desse a qualidade necessária para desequilibrar os jogos a nosso favor, mas em nenhum jogo foi aquele que se esperava. Em parte por não estar nas melhores condições de jogo e em parte por falta de alguém para compartilhar a criação do time. Será um jogador que precisará recuperar suas melhores condições físicas pois terá seu potencial questionado – Nota 6

Robinho – Já citei em colunas anteriores a surpresa que Robinho foi para mim nessa Copa. Foi o melhor jogador da Copa pelo Brasil, apresentando qualidade na finalização, sabendo cadenciar o jogo, movimentar-se, mostrando ter amadurecido e hoje ser um jogador muito mais qualificado. O nervosismo no jogo contra a Holanda não mancha atuação do jogador ao longo desta Copa. Infelizmente por conta disso deve ir para fora do país, pois deve ser cotado por outros times , devendo sair do Santos – Nota 9

Luis Fabiano – Alguns bons jogos, gols (um dos mais belos da Copa, contra a Costa do Marfim) mas pareceu sentir o peso de ser o homem-gol do time brasileiro e não repetiu as atuações que já teve com a própria camisa da seleção brasileira, repetindo o problema emocional que já tinha apresentando no São Paulo e no Sevilla – Nota 6

Daniel Alves – Tinha tudo para ser um destaque, inclusive até assumindo uma posição entre os titulares do Brasil, mas em todas as chances que teve, seja entrando no segundo tempo, seja iniciando a partida, ele não correspondeu as expectativas e foi uma das decepções da Copa, justamente pelo potencial do mesmo – Nota 4

Nilmar – Atacante leve que mostrou qualidade quando entrou em campo. Nada que justificasse sua entrada entre os titulares, até pela esperança em Luis Fabiano, mas teve bons jogos quando entrou no segundo tempo e mesmo quando foi testado desde o começo. Mais um que saí da Copa com moral e pode sonhar com a permanência na seleção brasileira – Nota 7

Gilberto, Julio Baptista, Ramires e Grafite – Tiveram pouco tempo em jogo e não acho que devemos opinar.

Dunga – Nosso técnico manteve suas convicções desde o começo da convocação até nas escolhas para formar o time titular. Boas campanhas em outras competições, mas uma Copa do Mundo onde pouco apareceu, sendo vistas poucas opções de jogada no time. Pesa contra si o fato de ter perdido Elano (extremamente funcional) e não ter Kaká nas suas melhores condições físicas. Mas se a convocação pode ser questionada o mesmo não consigo dizer do trabalho dele como treinador, num todo desse tempo de seleção. Deve conseguir entrar na profissão de técnico de futebol e pode conseguir sucesso nisso – Nota 5

Agora é esperar quem irá assumir a nossa seleção e torcer por rumos melhores. E agora até 2014.

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