Depois de passar quase a temporada inteira sem um patrocinador principal, o Corinthians anunciou o patrocínio para o fim de 2012 e 2013 com a Caixa Econômica Federal, com o maior valor do cenário nacional.
Óbvio que o fato gerou grande repercussão e gerou reclamações por conta de uma instituição do governo injetar dinheiro em um clube de futebol.
É importante não pensar apenas no lado “clube de futebol”. A justificativa que foi citada para o patrocínio foi o fato de o Corinthians estar em dia com seus compromissos fiscais, algo que acontece com outros clubes do cenário nacional patrocinados pela Caixa.
O Corinthians é um clube cuja marca tem grande poder de marketing. A rivalidade e a paixão dos seus torcedores fazem com que valha a pena “perder” torcedores de outros times para conquistar (e vender produtos) para os que torcem pelo alvinegro paulista.
Em termos de valores monetários, a exposição que qualquer marca tem ao patrocinar o clube já justifica pelo menos metade do investimento gasto , para isso basta comparar o valor que a Globo cobra por minuto e/ou comercial em sua grade de programação. Multiplique isso por 90 minutos e entenda porque vale a pena investir pesado em um clube com tanta exposição na mídia.
Isso sem contar os produtos atrelados que a Caixa pretende lançar e que devem gerar receitas mais que suficientes para cobrar o valor investido.
Não devemos também esquecer que a Caixa tem um nome forte por conta do patrocínio aos esportes olímpicos, mas hoje é um banco que está em um nível de confiança e procura menor do que outros grandes privados do setor (que também apostam no futebol), casos de Itaú e Santander.
Claro, isto não exime a preocupação sobre o que será feito com um dinheiro do estado. Cabe à fiscalização, cabe à cobrança e atenção.
Mas não se pode pensar apenas com o coração nestes casos. Analisar os fatos e pensar de uma forma mais ampla para entender o cenário completo e diferenciar algo “ilegal” de algo que pode ser “apenas” uma boa oportunidade de negócio para ambos.