É absurdo que em 2018 ainda estejamos falando do lado emocional dos jogadores brasileiros em Libertadores contra os vizinhos hermanos. O Corinthians foi juvenil frente um limitado Colo Colo e pode ter despedido da competição nesta última quarta. Só não o fez por conta de mais uma atuação de alto nível de Cássio (voltou da Copa salvando o time jogo após jogo).
O goleiro esta trabalhando bem mais por conta da falta de entrosamento do setor defensivo (Pedro Henrique na zaga, Avelar na lateral esquerda e Douglas que chegou “ontem” e já assumiu a titularidade). Mas é inadmissível a postura do time frente o time chileno. O Corinthians desmontado do segundo semestre possui um time tecnicamente melhor que seu adversário. Depois de minutos iniciais de foco, a impressão era que o alvinegro tinha se encontrado em campo, com trocas de passe no setor ofensivo e marcação bem postada. Mas bastaram alguns lances mais fortes para que o Corinthians perdesse a cabeça e colocasse Cássio para trabalhar.
O goleiro praticou ao menos cinco defesas difíceis ao longo do jogo, uma delas no lance do gol, onde no rebote a defesa ficou apenas olhando. O goleiro chileno foi mero espectador o jogo inteiro. O ataque alvinegro foi nulo. Jadson novamente bem marcado, Clayson longe do jogador que foi importante no ano passado ( merecendo banco), Pedrinho abusando indevidamente de lances individuais e Romero mais preocupado em arrumar confusão do que jogar. E indiretamente, o paraguaio foi responsável pela expulsão de Gabriel.
Romero levou um pisão que merecia expulsão do adversário (VAR teria resolvido isso) e minutos depois o volante foi irresponsável e foi para o revide, deixando o time com um a menos. O que estava ruim , piorou. O prejuízo só não foi maior pela atuação de Cássio e pelas limitações técnicas do Colo Colo. Com exceção de Valdivia (que tomou conta do meio campo e fez grande partida), os demais jogadores tinham dificuldade para trocar três passes seguidos.
A vaga ainda esta em aberto. Mas Loss (que também foi mal, ao demorar para mexer no time) terá que acalmar o time e entender que o resultado precisará vir na bola. Os chilenos terão postura ainda pior no jogo da volta, tentando pilhar os brasileiros desde o primeiro minuto. O lado emocional vai decidir a vaga para as quartas.