CBF age e racha o clube dos 13

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Com a decisão favorável da CBF de reconhecer o título brasileiro do Flamengo em 1987 foi uma atitude de Ricardo Teixeira no sentido de atrapalhar ainda mais uma possível união dos clubes.

Com os clubes prestes a uma negociação que pode mudar consideravelmente os rumos dos direitos esportivos no Brasil, com uma licitação para que a melhor proposta seja levada em consideração temos uma “boa ação” do presidente da CBF. Tal atitude deverá acabar com o clube dos 13, liderado pelo Corinthians de Andrés Sanches.

Desde o episódio dos 10% de carga de ingressos para visitantes no Morumbi que o presidente do Corinthians entra em rota de colisão com o São Paulo. Com a decisão do Flamengo (por conta do reconhecimento do Hexa rubro-negro) o clube alvinegro viu a possibilidade de arrumar um aliado de peso. Não é por acaso que o Flamengo também deve sair do clube dos 13, assumindo a mesma postura do Corinthians, em nome de negociação de valores diferenciados para ambos por conta da representatividade de suas torcidas.

E outros clubes podem ser “seduzidos” para essa “nova liga”. Justamente agora onde os direitos de TV seriam negociados através de licitação, onde a Globo teria um diferencial de 10% a mais em sua proposta (por conta do “peso” do nome Globo).

Uma das noticias vinculadas diz respeito que os quatro grandes clubes do RJ irão negociar seus valores de forma individual.

Não sei até que ponto uma negociação individual poderá ser rentável. Um fato seria negociar os direitos de um campeonato inteiro e outro,
bem diferente, é negociar os valores apenas de suas partidas.

Mas não se pode negar que Corinthians e Flamengo podem em conjunto conseguir valores maiores do que os que hoje eles conseguem ao negociar em conjunto.

Hoje temos Corinthians e Flamengo de um lado contra São Paulo e Grêmio (por conta de Fábio Koff) do outro lado. E aos poucos vamos ver para que lado os clubes irão “correr”. É inegável que um lado que conta com as duas maiores torcidas do Brasil tende a ter um peso maior, mas de outro lado temos uma possibilidade de um “clube dos 13” com força para negociar os contratos de um campeonato inteiro, com exceção dos jogos dos “dissidentes”. E esta briga pode envolver inclusive as redes de TV. A Globo é vista como preferencial por conta da sua força na mídia, devendo ser a preferência inicial de Flamengo, Corinthians e aliados, mas todo esse racha pode favorecer a Rede TV (interessada em entrar de cabeça na programação esportiva), seguida pela Band e SBT e principalmente com a Record, que na última negociação já tinha feito uma proposta melhor.

Esta história ainda vai render, mas podemos estar prestes a ver uma mudança significativa na forma como o futebol brasileiro trabalha seus direitos de imagem.

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