No meio esportivo somos obrigados a trabalhar com o desconhecido, com zebras e surpresas. Lidando com algo imprevisível e com certezas que não duram até a página 2.
Quantos comentaristas não apostaram que Pato estouraria logo de cara no Corinthians ou deram como certo o fracasso d Ronaldinho Gaúcho quando foi contratado pelo Atlético?
Como deixar de lado as “contratações bombásticas” que são concedidas com exclusividade por jornalistas, não se confirmam e a noticia fica no limbo?
O que falar de jogadores que são considerados apostas de risco e em pouco tempo mostram que os comentários negativos foram precipitados?
Um exemplo claro disso é o zagueiro Gil. Hoje ele é sem sombra de dúvidas um de nossos melhores zagueiros em atividade, com uma regularidade impressionante e titular absoluto de uma zaga que há tempos vem mostrando qualidade. Mas no começo do ano eu mesmo fui um dos que tinha dúvidas a respeito do zagueiro, que teve uma boa passagem pelo Cruzeiro, mas não estava em um time de ponta no exterior. Tanto que em minha opinião o Corinthians tinha que ter ido atrás de Dedé (na época no Vasco).
Bem, o tempo tratou de mostrar que o trabalho de análise do Corinthians estava correto e o investimento se mostrou mais do que acertado.
Muitas vezes nós que opinamos sobre futebol nos baseamos em palpites, em informações que podem ou não ser corretas. E claro, existem mudanças de bastidores, que acontecem por motivos que nem sempre vem à tona e aquela informação bombástica e correta vira um mico. Qual o problema de assumir que errou?
Comentaristas, jornalistas e repórteres têm uma necessidade de serem os senhores da razão, de nunca errar e esquecem que são seres humanos, passiveis de falhas e erros.
Falta um pouco de humildade de vários, que poderiam ser reconhecidos e valorizados se soubessem lembrar que são pessoas e não detentores da verdade absoluta.
Poderiam trabalhar melhor isso, os torcedores agradeceriam.