Corinthians apático no Pacaembu

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A Libertadores é um campeonato sonhado por 10 entre 10 clubes brasileiros e com o Corinthians essa pressão é ainda maior pelo fato de ser o único grande de SP a não ter conquistado a mesma.

E ontem não foi diferente. Um bom público compareceu ao estádio do Pacaembu para apoiar o time durante os 90 minutos do jogo. Só que o time não correspondeu. O Tolima foi um adversário complicado durante o jogo inteiro, com tranqüilidade na marcação e uma saída rápida para o ataque que por várias vezes quase complicou a situação alvinegra, com lances de impedimento perigosos que poderiam ter resultado em gols colombianos.

O mesmo não acontecia com o Corinthians. Com exceção de Jorge Henrique, o time parecia desligado. Roberto Carlos novamente fora do jogo, errando passes e sem conseguir apoiar o ataque, com Alessandro sofrendo pela direita por estar sem suas melhores condições físicas, também com erros de passe. Erros que não ficaram restritos aos laterais. Jucilei também contribuiu com o alto número de passes errados, com Bruno César omisso em campo, sem conseguir criar nada de prático. Na frente uma marcação precisa em Ronaldo e principalmente em Dentinho, que tentava se movimentar pelos lados, mas sofria com a marcação, visto que os jogadores do Tolima consideravam o mesmo o mais perigoso dos jogadores.

Apenas dois cabeceios (um de Ronaldo e outro de Jorge Henrique) podem ser destacados como lances de perigo. Durante muitos momentos do primeiro tempo o time parecia travado, com os jogadores sem movimentação, sem dar opção de jogadas. Ficava evidente o problema de jogar com três atacantes sem o apoio preciso dos laterais e sem qualidade do meio de campo. Tite optou acertadamente pelo esquema ofensivo, mas a diferença deste 4-3-3 para o de Mano estava que na esquerda você tinha um ótimo apoio pela esquerda com André Santos, enquanto que neste começo de temporada Roberto Carlos não está tão efetivo como no ano passado e no meio de campo você tinha um armador adaptado ao esquema (Douglas) e principalmente um segundo volante com muita qualidade para subir ao ataque.

Apesar das reclamações sobre a falta de um atacante para o lugar de Ronaldo ou de um zagueiro, ontem o time sentiu demais a falta de Elias, principalmente com elemento surpreso no ataque e nos chutes de longa distância.

Veio o segundo tempo e o panorama mudou um pouco quando Tite tirou Bruno César e colocou Edno. Se o jogador não foi um primor técnico, ao menos deu um gás ao time que começou a tentar criar jogadas, a finalizar ao gol colombiano.

O juiz teve seu papel ao deixar de marcar algumas faltas claras a favor do time brasileiro, mas não foi decisivo no resultado. Alguns criticam as mudanças de Tite, mas o mesmo não tinha opções no banco. Edno era o único atacante que poderia ser usado e as opções para melhorar a chegada no ataque (Marcelo Oliveira e Danilo foram testadas).

De perigoso no segundo tempo uma finalização de Danilo e uma falta de Chicão que passou rente a trave. Muito pouco para um time que sonha em chegar ao título. Muito pouco para um time que se passar terá pela frente um grupo complicado com Cruzeiro e Estudiantes.

Agora o time ficará focado para o jogo de volta na Colômbia, tanto que apenas os reservas vão jogar contra o São Bernardo. Já Tite deverá rever a formação tática do time. Sem Elias e com Ronaldo sem mobilidade existe grande chance que um dos atacantes seja sacado do time para a entrada de Danilo, Paulinho ou até o peruano Ramirez.

O time pode conquistar a vaga no jogo de volta. Um empate com gols já garante a vaga ao time. Mas independente do resultado o time precisa ser reforçado para o restante da temporada.

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