O Allianz Parque recebeu um grande público (mais de 39 mil alviverdes) que apostavam em manter a sequência invicta em casa e derrubar a invencibilidade de seu principal rival. Cuca optou por improvisar Tchê Tchê na direita, apostar em Egidio na esquerda e direita e Edu Dracena na zaga. A mudança na zaga deu resultado, visto que Jô não teve destaque na partida, mas as laterais foram pontos falhos do Palmeiras.
Do outro lado um Corinthians com sua escalação considerada ideal, apostando mais uma vez em deixar a bola com o adversário e jogar no erro do rival.
Como esperado, vimos o Palmeiras pressionar desde o início da partida, subindo a marcação para tentar roubar a bola no campo de ataque e na velocidade de seus atacantes achar espaços na defesa adversária. Mas o Corinthians manteve postura dos demais jogos , com um compactação defensiva sólida. Em determinado momento da primeira etapa a posse de bola alviverde chegou à 71%, mas improdutiva. O time rodava o jogo, sem ameaçar Cássio. Aos poucos o visitante conseguiu achar espaços para atacar de forma cirúrgica. Em um boa trama ofensiva, Arana recebeu passe em velocidade de Romero e foi derrubado pelo ex-corinthiano Bruno Henrique. Penalidade que Jadson bateu e converteu, sem chance de defesa para Fernando Prass.
O gol deixou Cuca ainda mais preocupado com a fraca criação ofensiva do time, tanto que na volta para o segundo tempo ele optou pela entrada de Borja no lugar do volante Bruno Henrique, abrindo o time, com Róger Guedes jogando na lateral-direita e Tchê Tchê no meio. A mudança encurralou o Corinthians, principalmente pela quantidade de passes errados do alvinegro, mas ofensivamente o Palmeiras não achava soluções, começando a abusar de cruzamentos improdutivos na área. O preço disso foi o encaixe de boa tabela de Arana com Romero, que resultou no segundo gol alvinegro, marcado pelo ótimo lateral-esquerdo do Corinthians.
O gol foi um balde de água fria no Palmeiras. Silenciou a torcida e deixou os jogadores ainda mais nervosos em campo. Cuca foi para o tudo ou nada, tirando Thiago Santos e colocando Keno (que entrou mal , errando tudo que tentou) e depois fixando Mina como centroavante. Mas em campo a impressão era de que o Corinthians estava mais perto de marcar o terceiro gol do que sofrer o primeiro, mas o placar se manteve inalterado e o time de Carille conseguiu mais uma vitória importante na competição.
Na coletiva Cuca fez questão de elogiar a precisão do adversário (foram três finalizações com dois gols marcados) , e valorizar a faz atual do seu rival. A derrota e aumento da diferença para 16 pontos faz com que o Palmeiras fique em situação complicada para a disputa do título do Brasileiro, mas como alento de estar vivo ainda na Copa do Brasil e Libertadores. Já o Corinthians ganha ainda moral , com uma campanha acima da curva e com vitória incontestável frente seu rival estadual.
Se os adversários não encontrarem forma de superar a sólida defesa, corremos o risco do título ser decidido ainda no primeiro turno.