O dia 04 de Julho ficará marcado na história do Corinthians com a conquista de sua primeira Vasco, Santos e Boca.
O segundo jogo da final começou tenso. O Boca foi para cima e fez uma marcação forte complicando a saída de bola do time paulista e conseguia trocar passes no ataque, preocupando a defesa alvinegra.
Fora isso, a tradicional catimba, com alguns lances mais violentos que enervaram os jogadores brasileiros na primeira etapa. Acreditava que o jogo fosse ficar ainda mais tenso no segundo tempo, com brigas e expulsões.
Só que na segunda etapa o Corinthians foi o time que o torcedor estava acostumado. Uma falta na lateral direita, um passe magistral de Danilo e finalização de Sheik.
A vantagem no placar mudou o jogo. O Boca, que até então procurava esfriar o jogo se viu obrigado a mudar sua postura e buscar o ataque para ao menos empatar o jogo. Só que o fato de encarar um time igual fez com que o Boca sentisse o baque.
Cássio foi exigido apenas em uma cabeçada para uma defesa tranquila. De resto, foi quase um espectador em campo enquanto que Emerson começava a usar a mesma tática argentina e provocar os jogadores adversários.
Schiavi foi infeliz em um passe no momento que o Boca tentava se encontrar e Sheik saiu em velocidade e chutou sem chances para o goleiro Sosa (que tinha entrado no lugar de Órion ainda no primeiro tempo).
Este gol matou o jogo e era apenas questão de tempo para a confirmação do título. Menos mal que apesar do clima ficar pesado não tivemos brigas entre os jogadores, que poderiam manchar a conquista.
O Boca foi um adversário de respeito que valorizou o título conquistado pelo Corinthians.
Corinthians este que teve um destaque por conta da sua defesa sólida.
Corinthians que não tem um craque, mas com um grupo qualificado e fechado com o técnico.
Cássio foi um goleiro que entrou na fogueira, mas que mostrou personalidade e deu segurança para o time.
Alessandro entrou com olhares de desconfiança e poderia ter encerrado sua história com a falha no lance contra o Vasco, onde Diego Souza parou nas mãos de Cássio, mas teve sorte e deu a volta por cima e foi importantíssimo nos jogos contra Santos e Boca.
Castán vai para a Europa (Roma) depois de dois campeonatos (Brasileiro e Libertadores) com ótimas atuações, mostrando uma qualidade técnica que faz com que sua carreira mereça ser acompanhada com atenção.
Chicão deu a volta por cima, recuperou seu lugar e fez ótima dupla com Castán.
Fábio Santos é um lateral regular, que não se destaca, mas não compromete.
Ralf é um volante como poucos. Sua capacidade física e qualidade nos desarmes foram responsáveis por facilitar a vida da defesa.
Paulinho foi o jogador “todocampista” (comendo Mauro Beting denominou) aparecendo tanto na defesa como no ataque como homem surpresa e foi um dos destaques desta conquista.
Alex apareceu de forma importante em alguns jogos, mas ainda não deu o retorno esperado pelo investimento.
Danilo foi um jogador que poderia ter sido trocado e estar no Cruzeiro, mas com seu jeito frio e sereno foi importantíssimo na Libertadores e terá seu nome gravado.
Jorge Henrique foi importante taticamente para o time, por conta da dedicação e entrega.
Emerson Sheik foi um dos grandes destaques, com gols decisivos contra o Santos e Boca e principalmente pela postura de chamar o jogo para si.
Tite merece todos os elogios por controlar o time, sendo honesto com seus jogadores, mostrando que o lugar no time era devido a trabalho, sem favorecimento.
E não podemos deixar de citar o que direção fez, ao manter o técnico mesmo após fracassos no Brasileiro, Paulista e Libertadores.
Parabéns ao Corinthians. Campeão da Copa Libertadores de 2012