Nem um cego deixaria de notar que o futebol de 2013 do time de Tite está anos luz do que era praticado em 2012. A saída de Paulinho ganhou um tamanho exacerbado. Ok, o volante é um ótimo jogador, mas não a ponto de ser o pilar de sustentação de um time.
Tite sabe que alguns jogadores estão desmotivados e que seu time ficou previsível e as contratações deste ano foram com a intenção, de criar um “fator novo”. Gil deu uma segurança à zaga, não por acaso a melhor defesa do campeonato.
Defensivamente o time está seguro. O problema é no ataque.
Renato Augusto era para ser o diferencial no meio de campo , algo que ele consegue quando está em campo, já que as lesões vêm sendo frequentes para o meia.
Já Pato aparece como artilheiro do time na temporada, mas na sequencia de jogos ainda gera desconfiança da torcida.
Danilo sempre foi um referencial no meio, mas está em declínio técnico neste segundo semestre e um banco ou jogos de descanso fariam bem ao jogador.
Romarinho e Emerson hoje são apenas opções de banco e que merecem ser vistos com ressalvas.
Mas é o caso apenas do time se reinventar na frente e até se for o caso focar na Copa do Brasil e pensar em mudanças para o ano que vem, seja com reforços, seja com mudanças no elenco atual (com saída de jogadores desmotivados).
Jogar a má fase na conta de Tite é até ingratidão. Em três campeonatos no ano ele conseguiu dois títulos.
Discordo apenas da postura do técnico ontem, ao afirmar que merecia a vitória. O Botafogo (bem armado por Oswaldo) sobrou, principalmente no segundo tempo, tanto que Cássio foi um dos melhores em campo e ontem o Corinthians mereceu a derrota.
Tite continua com moral, tanto no elenco como com a direção. Talvez apenas seja necessário rever alguns jogadores e começar a tirar aqueles que não estão com a mesma pegada, querendo o mesmo que outros.
Tempo para isso ele ainda tem. Basta encaixar uma sequencia de vitórias para continuar perto do G4 (prioridade) e jogar sério na Copa do Brasil, (esta sim, com uma pressão maior, que em caso de eliminação pode aumentar a pressão da torcida contra o técnico).