Corinthians pentacampeão em um dos campeonatos mais equilibrados dos últimos anos

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Neste domingo o Brasileirão de 2011 chegou ao seu final, com o título saindo do Rio de Janeiro e vindo para São Paulo, com a confirmação da conquista do Corinthians, sagrando-se pentacampeão.

Wallace pelo Corinthians era a “surpresa” jogando na posição de volante, enquanto que o Vasco apostava num esquema com 3 volantes, dando liberdade para Felipe e principalmente Diego Souza, enquanto que Flamengo e Palmeiras entraram em campo sem grandes novidades.

Ao começar o jogo foi possível ver a nítida diferença entre os jogadores do Corinthians e Palmeiras. Com exceção de William, os demais jogadores alvinegros mostravam sentir a pressão do título. Alex muito bem marcado por Márcio Araújo e diversos erros de passe, enquanto que o Palmeiras em pouco tempo de jogo começou a ter domínio da posse de bola, com vários desarmes e jogando com marcação sobre pressão na defesa do Corinthians, deixando o time de Tite e sua torcida apreensivos. As bolas paradas de Marcos Assunção eram sempre um problema e Luan aparecia muito bem nas costas de Alessandro (novamente em má partida). Mas nenhum lance real de perigo foi criado e o empate em 0 x 0 deixava o título com o Corinthians.

Só que no RJ Diego Souza marcava o gol vascaíno, complicando a situação do Corinthians, que se perdesse ficaria sem o título.

No intervalo Tite conseguiu acalmar seus jogadores, que voltaram ligados no segundo tempo, começando a tocar melhor a bola e equilibrando o jogo, em busca de um gol que tranquilizaria demais o time. E três fatos resolveram o campeonato:

1 – Valdívia, que fazia uma partida apenas regular, chegou atrasado em um lance com Jorge Henrique e foi expulso de forma exagerada (um cartão amarelo seria mais sensato), deixando o Palmeiras com 10 justamente no momento que o Corinthians tinha se encontrado em campo;
2 – Gol de empate do Flamengo, marcado pelo ex-corinthiano Renato Abreu;
3 – Expulsão de Jumar (Vasco);

O time vascaíno perdeu um pouco da força, pois naquele momento, com um a menos, precisava de mais um gol e torcer para o Palmeiras (também com um a menos) marcar o seu para conquistar o título.
Tite manteve sua posição e sem arriscar preferiu manter o time na defesa, sem mudanças, mesmo com um a mais em campo.
Perto dos 30 minutos Wallace também em lance de muito rigor do juiz, e deixou os dois times com 10, voltando a dar chances ao Palmeiras. Felipão resolveu ir para o tudo ou nada e tirou o lateral Cicinho para a entrada de Maikon Leite e Tite respondeu colocando Chicão no lugar de William.

O avante alviverde entrou bem em campo, achando espaços, mas o Corinthians segurava a bola no ataque, voltando a equilibrar o jogo.
O Palmeiras equilibrou o jogo e quase marcou seu gol, em lance que Fernandão concluiu na trave. Só que em lance pela esquerda Jorge Henrique (que jogou bem na segunda etapa) imitou o chute no vácuo de Valdivia e no lance ele sofreu uma falta dura e revoltou os palmeirenses. Principio de confusão, com direito a um chute covarde de Luan e como resultado a expulsão de João Vítor e Leandro Castán.

Logo em seguida Tite sacou Jorge Henrique (que seria “caçado” pelos palmeirenses) para a entrada de Moradei. E foi apenas questão de deixar o tempo passar, com o título sendo comemorado pelos alvinegros assim que foi anunciado o fim do jogo no Engenhão.

A arbitragem teve uma boa atuação, apesar do excesso nas expulsões e a discussão sobre um possível pênalti no fim do primeiro tempo em cima de William, mas não influenciou no resultado do jogo.

Títe merece ser valorizado, pois mesmo sendo líder mais da metade do campeonato teve seu trabalho muito pressionado e garantiu um título nacional que eleva seu patamar técnico. O título também passa pela direção que mesmo com a saída precoce da Libertadores e perda do Paulista deu respaldo ao treinador e teve a decisão sendo coroada com o título.

Se o elenco não teve um grande craque que se destacasse devemos valorizar a qualidade do plantel que contou com peças de reposição que mantiveram o nível do time.

Mas alguns nomes merecem destaque nesta campanha alvinegra.

Leandro Castán e Paulo André formaram uma zaga improvável e fecharam o campeonato como a melhor defesa do campeonato, tanto que Castán é cotado para clubes do exterior.

Ralf e Paulinho firmaram-se como uma das melhores duplas de volantes do Brasil e também se destacaram nesta temporada.
Sheik foi um jogador que chegou com um pouco de desconfiança, mas na reta final foi importantíssimo, mostrando sua qualidade e ajudando a aliviar a pressão do time e sagrando-se tricampeão brasileiro por três times diferentes.

Liédson se destaca por conta de entrega em campo, de jogar mesmo sentindo dores pelo corpo todo e há quase dois anos sem férias.

Mas não posso deixar de valorizar a campanha do Vasco, que foi páreo duro para o time paulista. Começando o ano como um time desacreditado, mas evoluindo, com a conquista da Copa do Brasil, a boa campanha na Sul-Americana e o vice-campeonato nacional.

Fernando Prass é um goleiro que está entre os melhores da posição, sem sombras de dúvida. Fágner se destacou como lateral-direito e deve ser observado na próxima temporada com mais atenção.

Dedé é um craque com “C” maiúsculo. Zagueiro que hoje seria titular em qualquer time do Brasil e deve ser o nome da zaga da seleção brasileira.

Juninho Pernambucano voltou bem e mesmo sendo veterano foi muito importante ao time, da mesma forma que o meia Felipe. E claro, devemos citar
Diego Souza, que foi importantíssimo no ano vascaíno.

Parabéns ao Corinthians pelo pentacampeonato brasileiro.

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