Nesta madrugada a seleção treinada por Tite foi derrotada pelo Peru, pelo placar de 1 a 0. Mais do que a derrota, o problema foi o futebol (ou a falta dele) apresentado pela seleção brasileira.
Com o empate contra a seleção da Colômbia na última sexta-feira (06), o Brasil encerra os amistosos dessa data Fifa sem nenhuma vitória. Mais do que os resultados em campo, o que causa preocupação é a falta de força ofensiva da seleção.
Na Copa do Mundo já foi possível notar uma falta de criatividade no meio de campo. Esse problema ficou ainda mais evidente nos dois amistosos realizados. Lances ofensivos foram criados basicamente graças ao talento individual dos atacantes brasileiros. Dessa forma, vemos em campo uma seleção brasileira previsível e que pode ter problemas nas próximas competições.
Deserto de ideias no meio de campo
Allan, Arthur e principalmente Coutinho (titular nos dois amistosos) deixaram a desejar. Não foram capazes de criar jogadas ofensivas, deixando os atacantes ‘órfãos’ nos dois amistosos.
Esse fato ficou ainda pior na partida contra o Peru. Contra a Colômbia, o Brasil ao menos teve uma válvula de escape com Dani Alves pela lateral direita. Já contra o Peru, Fagner teve uma péssima atuação e não contribuiu ofensivamente com a seleção. Do outro lado, Alex Sandro foi mal nas duas partidas e pode inclusive perder espaço nas próximas convocações.
Richarlison foi o grande destaque nos amistosos
O jovem atacante do Everton-ING vem correspondendo quando atua pela seleção principal e faz por merecer estar entre os convocados da seleção do Brasil. Inclusive contra o Peru ele foi o único a incomodar a defesa adversária.
Outro que merece elogios é Dani Alves. Apesar da idade, mostra que ainda pode ser muito útil na seleção principal.
Falta de renovação com falta de futebol
Apesar de ter convocado bons nomes, Tite escalou a seleção de forma conservadora, ao invés de arriscar na renovação ou ao menos analisar melhor nomes convocados, como o lateral-esquerdo Jorge, o volante Fabinho e os atacantes Vinicius Junior e Bruno Henrique.
A demora nas substituições e a opção por não usar as seis trocas permitidas mostram um foco no resultado e não em testes. Sem os resultados, as críticas direcionadas ao treinador vão ganhar força.
Tite se destacou quando assumiu a seleção nas Eliminatórias, com um futebol que dava gosto de ver. Mas durante a participação na Copa do Mundo, deficiências foram notadas, como o já citado problema de criação no meio e campo e o futebol apresentado posteriormente, como na Copa América, não convence.
O técnico precisará quebrar a cabeça para os próximos amistosos em outubro e novembro deste ano (ainda sem adversários definidos) e fazer com que o Brasil mostre ao menos sinais de melhora. Ou ele poderá terminar o ano de forma inesperada, pressionado no cargo.