Conforme esperado, um começo de primeiro tempo de muita marcação das duas partes, com o Boca arriscando-se nos contra-ataques e o Corinthians pressionando no campo de ataque.
Aos sete minutos o primeiro chute de perigo de Paulinho, obrigando o goleiro argentino a praticar grande defesa.
Aos poucos o time brasileiro começou a achar espaços e perdendo no último passe (em lances com Danilo e Alex), sem criar maiores perigos ao goleiro Orión.
Aos 35 o primeiro (e único) lance de perigo do Boca com uma bicicleta de Santiago Silva , desviada por Alessandro, evitando o primeiro gol argentino.
Tite foi obrigado a mexer no time por contusão, tirando Jorge Henrique e entrando com Liédson, mudando o esquema de jogo do time, sem um elemento para acompanhar as subidas do lateral direito, mas ganhando em força ofensiva.
Uma primeira etapa equilibrada, com o time brasileiro bem postado, não sentindo o peso da decisão.
No segundo tempo o Boca começou pressionando, jogando mais a frente e forçando a ligação direta dos zagueiros corinthianos.
Danilo não encaixava uma boa partida e o avanço do Boca não permitia que o Corinthians trocasse bolas no meio de campo e controlasse a partida, tanto que em vários lances a bola batia no ataque e voltava em velocidade, dando volume de jogo ao time argentino, que esbarrava na boa marcação do time brasileiro.
Este domínio acabou traduzindo em gol do Boca. Aos 27 minutos uma cobrança de escanteio , com desvio de Chicão (com a mão) e no rebote Roncaglia abriu o placar.
Tite mexeu no time, entrando com Romarinho no lugar de Danilo, que desta vez não foi decisivo como em outras partidas, mudando o esquema de jogo com Sheik e Romarinho abertos e Liédson centralizado.
E o atacante mostrou que a boa atuação no clássico não foi mero acaso. No primeiro lance, em rara troca de passes do ataque alvinegro, Sheik lançou e Romarinho chutou com categoria, empatando o jogo.
O gol incendiou o jogo e o Corinthians estava melhor, mas o Boca quase conseguiu o segundo aos 45 em bola cruzada na aérea, com cabeceio de Viatri e no rebote Cvitanich não conseguiu finalizar corretamente.
Tite corretamente colocou Wallace para ajudar nas bolas aéreas, fechando a defesa e o jogo terminou empatado, deixando a decisão para o jogo de volta, lembrando que qualquer empate leva o jogo para a prorrogação e se persistir o resultado, pênaltis.
Nada esta decidido. O Boca já mostrou sua força fora de casa nesta Libertadores. E o que o time mostrou no segundo tempo, principalmente com Riquelme achando espaços no meio de campo.
Do lado do Corinthians uma má atuação do ataque. A saída de Jorge Henrique desmontou o esquema de Tite. E caso o jogador não se recupere, não duvido que Romarinho possa começar como titular na semana que vem.
Promessa de mais um jogo tenso e sem favoritos.