Futebol brasileiro e o medo de mudanças

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Quando Ricardo Teixeira saiu da CBF e Marin assumiu não criei muitas expectativas. Imaginava que pouca coisa mudasse. E infelizmente parece que estou certo.

Comentar sobre o calendário é perda de tempo. Todos estão errados e apenas nós estamos certos. Pior é quando as justificativas para o nosso clima e outros comentários nacionalistas aparecem para justificar isso.

A demissão de Mano Menezes era esperada há certo tempo, mas a forma como ela aconteceu pegou muitos de surpresa.

A saída do técnico somada a uma declaração divulgada pelo jornal Lance!, sobre Pep Guardiola aceitar treinar a seleção foram fatores mais que suficientes para uma repercussão entre os torcedores, muitos favoráveis a vinda do treinador contrastando com opiniões de treinadores e dirigentes, com declarações corporativistas sobre não precisamos de um técnico estrangeiro, frisando que os títulos conquistados pela seleção sempre tiveram o comando de um treinador brasileiro.

Por que o medo de mudanças? Por que o receio de apostar em nomes novos? Por que não tentar algo novo , com o treinador que montou o melhor time que vi jogar nos meus 32 anos de vida?

Será que é a certeza que uma mudança deste porte atrapalharia muitos que se propagam por anos e anos? Os nomes se repetem, pouquíssimos treinadores conseguem chance de mostrar um bom trabalho.

O que apareceu de novidade no futebol brasileiro nos últimos anos? Temos uma qualidade respeitada mundialmente na preparação física, na recuperação de jogadores, mas ficamos a dever na parte tática, no aproveitamento de jovens jogadores (tanto que muitos bons jogadores aparecem na Europa antes mesmos de serem considerados “promessas no Brasil”) e principalmente deixamos a desejar na organização do espetáculo, seja no conteúdo, seja para reivindicar a valorização dos valores pagos por patrocinadores e afins.

Felipão é citado como o nome que deve comandar a seleção para o mundial em 2014. Currículo ótimo , várias conquistas e trabalho de qualidade. Mas o que teremos de novidade?

E cada vez mais, vamos vivendo apenas da fama de “país do futebol” e vendo os outros melhorarem dia após dia.

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