Galo atropela o São Paulo e continua firme na luta pelo título inédito da Libertadores

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Estádio lotado e um Galo em busca do ataque, dando mostras que a noite do Tricolor paulista não seria fácil.

O Atlético teve a mesma postura que o São Paulo teve nos seus jogos em casa contra o Galo, procurando o jogo. A diferença estava no aproveitamento das chances.

Com menos de 5 minutos duas chances claras para o Atlético. No primeiro lance, rápida troca de passes e Ronaldinho finalizando com perigo. No lance seguinte, o mesmo jogador cavou falta na entrada da área e na cobrança carimbou a trave de Ceni. R10 parecia querer o jogo com estes chutes, passes e dribles com menos de 15 minutos de jogo e ditava o ritmo do ataque, ao passo que a marcação atleticana sufocava o time do São Paulo, evitando que o meio de campo conseguisse criar lances de perigo a meta de Victor.

Em mais uma rápida trama ofensiva o placar foi aberto a favor do time mineiro, com Jô batendo sem chances para Rogério Ceni e abrindo o placar.

O São Paulo tentava chegar ao seu primeiro gol em cruzamentos para a área atleticana e obrigou Victor a dividir com Ganso aos 25 minutos, mas o Galo quase chegou ao segundo aos 30 minutos uma cobrança de longa distância de R10 achou Jô na área e Ceni teve reflexo para evitar o segundo gol e depois aos 35 em cruzamento onde Tardelli apenas resvalou de cabeça e a bola passou perto do gol.

Rafael Tolói salvou o gol em arremate de Bernard e a vida Tricolor cada vez mais complicada e o placar de 1 x 0 ao fim do primeiro tempo foi pouco por conta do volume de jogo atleticano.

Tentando melhorar o time, Ney Franco tirou o lateral Paulo Miranda para a estreia de Silvinho na volta para o segundo tempo, mas o jogador teve apenas uma chance para marcar, após falha de Victor e cruzamento de Luís Fabiano. Já o Galo continuou com seu ritmo intenso e logo aos 2 minutos mais uma bola na trave, desta vez em chute de Jô e aos 8 outro bom lance com Tardelli cruzando e Bernard desviando para fora do gol.

Gaúcho (novamente ele) bateu falta com perigo, rente à trave de Ceni e o segundo gol parecia questão de tempo, que aconteceu aos 17 minutos em nova finalização de Jô, mais uma vez com o goleiro são paulino sem chances de defesa e antes que o time pudesse respirar, Tolói tocou curto, Tardelli antecipou-se e por cobertura marcou o 3º gol atleticano.

Aos 21 minutos Ney tirou Denílson para colocar Ademilson, tentando diminuir o estrago, mas em mais um ataque puxado por R10 o Galo chegou ao 4º gol com Jô.

Maicon entrou no lugar de Jadson para algo que não foi possível entender (talvez pelo fato de ter tirado Denílson, abrindo a marcação).

Cuca tirou Leandro Donizete (pendurado) e colocou Josué, mas o segundo gol já tinha jogado o São Paulo na lona.

Aos 30 minutos em uma das poucas falhas atleticanas, Carleto chutou forte e na sobra Luís Fabiano diminuiu o placar.

Luan entrou no lugar de Bernard aos 32 minutos, para poupar o atacante, que realizou uma ótima partida.

Tardelli, outro destaque, quase marcou o 5º, que não aconteceu por intervenção de Ceni (na sua segunda defesa na partida). Aos 37 o atacante atleticano saiu (ovacionado) para a entrada de Rosinei que estragou a festa ao ser expulso infantilmente no fim do jogo (junto com Carleto).

Ronaldinho Gaúcho foi o melhor em campo disparado, mas Jô com três gols destaca-se, sendo necessário citar também Bernard e Tardelli.

O Galo avança na Libertadores com um futebol impressionante. Considero Rever um ótimo zagueiro ao lado de Leonardo Silva (que por lesão não esteve presente nos dois jogos destas oitavas) e conta com um meio de campo que dá segurança na marcação com Pierre (em ótima fase) e Leandro Donizete. Mas o ataque está com um entrosamento surpreendente. Gaúcho parece ter nascido para jogar em Minas, Bernard e Tardelli conseguem inverter posições e confundir a defesa e Jô mostra uma melhora no seu poder de finalização, melhor do que seus tempos de Corinthians e em nada lembrando o jogador que teve passagem apagada pelo Inter.

Já o São Paulo deverá ter mudanças, afinal ser eliminado pelo seu rival e a forma como o time foi apático em Minas deverão ter seu preço. Ney Franco dificilmente será mantido no cargo. Com a insatisfação que rola na Vila, não será surpresa se Juvenal investir em Muricy.

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