O Galo começou o jogo indo para cima, algo óbvio pela necessidade atleticana, inflamado pela torcida que lotou o Mineirão, mas aos 15 minutos o Olímpia assustou em jogada aproveitando a defesa em linha do time mineiro, com Bareiro finalizando com perigo para ótima defesa de Victor.
Ao invés de optar pelo toque de bola, vimos o time da casa abusar de cruzamentos para a área do time paraguaio, facilitando a vida da defesa adversária.
Do outro lado o Olímpia mostrava em campo o motivo pelo qual fez esta ótima campanha, com uma marcação bem postada e ameaçando nos contra-ataques, tendo no primeiro tempo duas boas chances de gol, ao passo que o ataque atleticano não criou nenhum lance digno de nota no primeiro tempo.
O primeiro tempo terminou com um justo 0 x 0, deixando a situação do Atlético complicada para o segundo tempo.
Rosinei entrou no segundo tempo no lugar de Pierre, visando dar mais força ofensiva e no seu primeiro lance participou de jogada onde a zaga paraguaia falhou e Jô apareceu para concluir a gol, deixando o time com todo o segundo tempo para marcar ao menos mais um gol e levar a partida para a prorrogação.
A entrada de Rosinei melhorou o setor ofensivo do Galo, fazendo o time chegar com a bola no chão.
Martin Silva que no primeiro tempo não foi incomodado teve que trabalhar e muito no segundo tempo, com defesas importantes logo aos 10 minutos em chute de Jô e ao longo da segunda etapa defendeu arremates de Júnior César e dois de Ronaldinho, sedo que no segundo pegou bola no contrapé e ainda contou com a sorte em bola na trave em cabeceio de Leonardo Silva.
Alecsandro entrou no lugar do lateral direito Michel, colocando 4 atacantes, mas deixando a defesa exposta.
Tardelli, que não fez uma grande partida saiu para a entrada de Guilherme, na ultima substituição de Cuca.
Ferreyra saiu em velocidade em contra-ataque, contou com saída precipitada de Victor, mas ao tentar ajeitar o corpo (ao invés de finalizar para o gol vazio) tropeçou e caiu sozinho, em gol que mataria o jogo.
Mansur aos 40 minutos foi expulso, deixando o Olímpia com apenas 10 em campo.
E em mais uma bola cruzada saiu o gol de Leonardo Silva, em cabeceio cruzado, sem chances para Martin Silva.
2 x 0 no tempo regulamentar e mais 30 minutos de prorrogação pela frente.
A prorrogação virou jogo de ataque contra defesa. Réver cabeceou na trave.
Martin Silva fez mais duas defesas difíceis , mostrando sua noite inspirada.
Na segunda etapa da prorrogação o jogo ficou tenso, mas nenhuma chance clara de gol e mais uma decisão nos pênaltis nesta Libertadores.
Miranda perdeu a primeira cobrança (defesa de Victor) e Alecsandro demorou a bater, mas converteu, deixando o time brasileiro na frente – 1 x 0
Ferreyra bateu e Victor quase defendeu, mas Guilherme bateu mantendo o Atlético na frente. 2 x 1
Candia e Jô bateram bem e converteram suas cobranças 3 x 2
Aranda e Leonardo Silva também converteram suas cobranças – 4 x 3.
Gimenez perdeu sua cobrança com a bola batendo na trave e o título ficou com o time mineiro.
Time que fez uma ótima fase de classificação, teve a vitória tranquila contra o São Paulo, mas dali em diante passou por provações, classificações sofridas e um título conquistado de forma heroica.
O time do Olímpia fez sua parte, realizou uma grande campanha e tem um vice-campeonato que merece ser valorizado. Martin Silva fez uma partida excelente, mesmo com os dois gols sofridos.
Já o Galo coroa uma ótima campanha, resgatando jogadores, contando com mais uma boa atuação de Jô, mas com atuações abaixo da média de outros jogadores, como Bernard, Gaúcho e Tardelli.
E acima de tudo, este campeonato chega por merecimento ao técnico Cuca, que sofria com a fama de perdedor e com um elenco nas mãos chega a um título que ficará marcado não só na história do Galo, mas no futebol brasileiro, pela forma épica que ele foi conquistado.
Parabéns ao Atlético-MG e até Marrocos.