Investimentos em “medalhões”. Até onde vale a pena?

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Muitas vezes os clubes brasileiros resolvem investir pesado em jogadores considerados medalhões. Bons jogadores que desejam voltar ao Brasil, em fim de contrato na Europa ou então repatriar ídolos.

E não são raras às vezes onde este investimento se mostra equivocado. Primeiro de tudo, que apesar da melhora da economia brasileira, jogadores que estão fora do país e jogando em alto nível dificilmente desejam voltar. Tentem lembrar qual foi o grande jogador contratado nos últimos tempos que veio em grande fase. Podemos citar Robinho, mas lembrem-se que quando ele veio para o Santos (na última passagem) ele estava em baixa no clube. E foi só recuperar o bom futebol que o Milan já tratou de incorporar o mesmo ao seu elenco novamente.

Para citar casos mais recentes temos Valdivia, que voltou com status de ídolo no Palmeiras, mas até hoje não mostrou metade do futebol de sua primeira passagem pelo clube. Adriano, pelo Corinthians também é uma aposta de risco. A seu favor está o fato do foco na liderança do time. E claro, citar Luis Fabiano, que de contratação “bombástica” passou a ser visto com desconfiança. A seu favor está o fato do São Paulo ser um clube que durante muito tempo se caracterizou por estar “a frente dos demais”, mas como o colunista Benjamin Back citou em sua coluna se esta contratação tivesse ocorrido em qualquer outro clube seria motivo de chacota e pressão da imprensa.

Em contrapartida deixamos de dar valor aos dirigentes que mesmo precisando reforçar seu time deixam de investir alto, mesmo quando o jogador “declara” querer voltar para o time de origem, para o clube que o revelou ou para o qual ele sempre torceu. O caso mais recente que posso citar é de Deco. Antes de seu retorno para o Fluminense ouvi de muitos torcedores que o Andrés deveria abrir os cofres e pagar o salário pretendido pelo jogador, pois era um “corinthiano que queria voltar ao time de coração”.

Pois bem. O jogador desembarcou com salário milionário no Fluminense, teve algumas boas partidas, mas se caracterizou muito mais pelo tempo no departamento médico. Tanto que recebeu alguns dias de Abel Braga para refletir e pode, com 33 anos de idade, aposentar-se do futebol. É momento de rever alguns conceitos. O torcedor é (e deve ser) passional, mas as pessoas que trabalham no clube precisam entender dessa forma. Entender como algo profissional. Por mais que amem o clube e queiram o sucesso dentro de campo, não podem cometer loucuras financeiras fora dele.

Planejamento é primordial. Para ajudar a equilibrar as finanças sem deixar de montar times competitivos.

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