Última semana de 2011 e os torcedores dos clubes brasileiros tiveram poucos motivos para comemorar, pois os dirigentes não foram comportados e o bom velhinho não passou em várias agremiações.
Podemos citar com algum destaque a contratação de Wagner pelo Fluminense (que chega cercado de dúvidas sobre como estará tecnicamente em campo), e destacar os clubes gaúchos, com o Internacional trazendo o atacante Dagoberto (que pode formar uma boa dupla com Leandro Damião) e o Grêmio, que investiu pesado em Marcelo Moreno, um atacante que fez sucesso pelo Cruzeiro e que muitas vezes foi sondado por outros clubes para regressar ao futebol nacional e deve fazer uma ótima dupla de ataque com Kléber.
Mas de resto, temos apenas muitos boatos, sondagens e principalmente leilões e valorização indevida de jogadores que em outros tempos chegariam para disputar espaço no elenco e que hoje chegam pedem valores exorbitantes e com os clubes pensando seriamente em aceitar estes valores. O caso de Montillo é o mais claro a respeito disso, com o jogador sendo disputado por Corinthians e São Paulo. Acredito que ele seja um bom jogador, mas não acho que valha o investimento. Da mesma forma que sou contra o alto investimento que foi cogitado por Tevez pelo Corinthians, contra o São Paulo investir alto para trazer Jádson e do Palmeiras investir alto para trazer Diego Tardelli.
O fato dos clubes estarem com um poder aquisitivo maior por conta dos valores de patrocínio terem aumentando consideravelmente me causa medo. Passa a impressão daquela pessoa que está endividada ao extremo e quando recebe algum dinheiro extra ou mesmo um aumento salarial, ao invés de quitar suas dívidas acaba arrumando outras.
Tanto se comenta em usar o Barcelona como exemplo, mas esquecem de que o time catalão mantém sua base, forma jogadores no próprio clube e até investe alto em contratações (como no caso de Fábregas), mas de forma pontual, sem fazer loucuras.
Este deveria ser o foco dos clubes. Montar times competitivos, mas sem fazer loucuras financeiras.
Mas infelizmente não deve ser o futuro dos clubes brasileiros, pelo menos não da maioria deles.