Ídolos no futebol são cada vez mais raros. Declarações de amor que não duram duas temporadas, falta de identificação com o clube e algumas vezes até desrespeito com a instituição que paga seu salário.
Esta é a realidade de muitos jogadores.
Felizmente tive a oportunidade de conhecer o futebol em uma época diferente da atual. E com o jogo de despedida acontecendo no dia 11/12/12, sou praticamente obrigado a falar de Marcos.
Existem ídolos que ganham o respeito da sua torcida, mas com a antipatia dos seus rivais. São Marcos sempre foi mais que isso.
Antes que possam comentar a respeito, deixo claro que nunca fui torcedor do Palmeiras. Pelo contrário, quem me conhece sabe que sou fanático pelo Corinthians, mas isso não faz com que eu deixe de criticar meu clube de forma imparcial nem de valorizar os meus rivais.
Com a despedida chegando perto pude ler e ouvir várias entrevistas ou reportagens a respeito de Marcos. Histórias do mundo da bola, demonstrações de amor a camisa, de respeito ao clube que ele ama. Demonstrações de caráter e hombridade.
Já sofri por conta deste goleiro. Já tive momentos onde pude me divertir por conta de falhas do mesmo.
Mas sempre o respeito. Pela humildade, pela qualidade no gol. Alguém que merece todos os elogios e homenagens.
Alviverde até a alma. Nos momentos ruins e nos momentos bons.
Faltam palavras para conseguir dar a devida dimensão do que significou este goleiro para a história do futebol brasileiro. Tanto pela seleção como pelo Palmeiras. Só o fato de ele ser respeitado por todos que conviveram, jogaram ou torceram por ele (ou contra ele) já é mais que suficiente para mostrar seu valor.
Hoje sinto um pouco de inveja dos palmeirenses. Inveja que deve ser vista como motivo de orgulho para cada torcedor deste clube. Por poder olhar em sua história e poder afirmar que teve como goleiro alguém como Marcos.
Rebaixamento, derrotas, má administração e afins são temporários. Ídolos, graças a Deus, são eternos.