Jogar a série B não é o fim do mundo para nenhum clube. Vários clubes passaram por esta experiência, tanto no Brasil como fora dele. Óbvio que não é uma experiência agradável, principalmente para os torcedores (que sofrem com um ano de gozação por parte dos rivais) e por alguns jogadores que carregam esta “marca” em seus currículos.
Podem perceber que na maioria dos casos, os jogadores que fazem parte de uma campanha vexatória como esta não continuam na temporada seguinte.
O rebaixamento não ocorre “por acaso”. A salvação nas rodadas finais sim.
No começo do campeonato citava o Palmeiras como um time que sofreria com o rebaixamento, mas acreditava que o time ocuparia uma posição intermediária na tabela. Só que a realidade é outra.
Matematicamente o clube pode conseguir manter-se na primeira divisão, mas o conjunto de fatores fazem com que seja difícil acreditar neste cenário.
Primeiramente, temos que frisar que o Palmeiras possui um turno inteiro de derrotas (19) e praticamente o campeonato inteiro na zona de rebaixamento.
Vários reforços de qualidade discutível que não devem ficar no ano que vem, contusão de Wesley e os principais jogadores longe das melhores condições físicas (casos de Barcos e Marcos Assunção).
O centroavante inclusive foi uma grata surpresa no futebol nacional neste ano, cumprimento a meta de 27 gols em uma temporada. Se não fosse por ele, o clube já estaria rebaixado a esta altura.
Mas o emocional influencia demais, principalmente quando você pensa na fase do Sport (vencendo jogos e subindo na tabela) e mesmo o Bahia voltando a vencer.
O rebaixamento parece questão de tempo. Algo que só aconteceu por conta da direção alviverde, que acreditou que o título da Copa do Brasil era suficiente para mostrar que o elenco era forte e algo que as rodadas foram mostrando que estava longe de ser a realidade.
Pior é saber que com alguns reforços este time poderia estar em posição intermediária, apenas cumprindo tabela e pensando na Libertadores e agora agoniza com o rebaixamento e sabe que terá problemas para reforçar seu elenco para a competição sul-americana no ano que vem.
Bom trabalho nem sempre é certeza de bons resultados, mas um péssimo planejamento quase sempre cobra seu preço.