O improvável aconteceu. Depois de um grande resultado em Goiânia o time do Palmeiras precisava apenas do empate para ir à final da Copa Sul-Americana. E o jogo começou ótimo para o alviverde, com apoio maciço da sua torcida, num jogo fraco tecnicamente, com muitos erros de passe e os dois times parecendo estar com receio de jogar.
Luan pelo Palmeiras aparecia bem em campo e do outro lado o Rafael Moura procurava sozinho lutar contra a defesa alviverde, conseguindo ganhar os lances, mas sem ninguém para tabelar.
O equilíbrio se manteve em outros pontos. Tinga acertou a trave em belo chute, enquanto que Rafael Moura também fez o mesmo do outro lado, ambos em chutes que contaram com intervenções dos dois goleiros.
Luan abriu o placar em chute que Harlei não conseguiu salvar e a partir daí o canto da torcida se fez presente. Do outro lado o Goiás seguia errando vários passes, principalmente com uma pífia atuação de Douglas pela direita.
No fim do primeiro tempo uma falta cobrada por Marcelo Costa na trave e um lance confuso no rebote, com gol de Carlos Alberto.
O começo do segundo tempo foi totalmente diferente. Primeiro a entrada de Felipe no lugar de Douglas e segundo a postura do time, partindo para cima do Palmeiras. E o time alviverde pareceu sentir. A mudança do Goiás ajudou Moura, com Felipe entrando muito bem e Otacílio Neto aparecendo mais como meia, de forma que o time goiano começou a se organizar melhor.
Kleber em partida muito fraca, com Lincoln que vinha jogado bem substituído para a entrada de Dinei (que não foi notado em campo).
Um segundo tempo onde o Palmeiras esteve irreconhecível e o Goiás superou-se, indo para cima de qualquer jeito. E num lance sem maiores pretensões nasceu o segundo gol do time goiano. Uma falta onde o Goiás levou praticamente todo seu time para a área de Deola. No rebote um chutão para frente e falha de Márcio Araujo, com Otacílio Neto rolando a bola para belo cruzamento de Marcão, para cabeceio de Rafael Moura e Ernando apenas complementando a gol (em posição legal). O detalhe principal foi que na visão geral do lance, por conta da falha de Márcio Araujo, o time do Goiás estava com praticamente todo o time na área alviverde (6 jogadores na área), ou seja, com grandes de que o gol marcado acontecesse.
Com 38 minutos do segundo tempo, bastaria um gol para que o Palmeiras voltasse a garantir sua vaga. Mas era evidente o nervosismo do time de SP. Erros de passe, falta de poder ofensivo, que culminou com a derrota em casa e uma decepcionante saída da Sul-Americana onde o time aparecia como favorito, abdicando da vaga da Libertadores pelo Brasileiro, por acreditar que na Sul-Americana o caminho era mais fácil.
Agora Felipão terá trabalho para colocar as coisas em ordem no alviverde. Além de não ganhar o título (e consequentemente o prêmio da competição) também perde a oportunidade de disputar a Libertadores no ano que vem, que também deve fazer com que os investimentos sejam menores para o ano que vem.
Uma derrota triste para o Palmeiras, que decepcionou sua torcida e que encerra o ano para o time, visto que a motivação que o time já não tinha agora vem com o acréscimo de tristeza. Ou alguém espera que o time consiga jogar bem contra Fluminense e Cruzeiro?